AcontecendoAtendimento no Pronto Socorro é alvo de novas reclamações

A Comarca9 de setembro de 20147 min

Atendimento no Pronto Socorro é alvo de novas reclamações

Da Redação

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Munícipes continuam afirmando estar insatisfeitos com o atendimento que recebem no Pronto Socorro (PS) de Avaré.  Nesta semana, dois casos ganharam notoriedade em redes sociais. O primeiro deles é de Karina Moreira Morello, que afirma ter sido maltratada por uma médica do local. De acordo com Karina, ela teria procurado o PS por volta das 15:50 de segunda-feira, 1º de setembro, com sintomas de cólicas e vômitos. “Fiquei esperando o atendimento até às 17 horas, meu marido foi perguntar a uma enfermeira e informaram que tinham perdido minha ficha”, comentou.

Ela afirma ainda que devido ao “pouco caso” acabou indo até a delegacia, quando o delegado ligou para o PS exigindo que Karina fosse atendida imediatamente. “Cheguei lá (Pronto Socorro)e fiz outra ficha, passei por todo procedimento de novo e esperei mais de uma hora até ser atendida por uma médica. Detalhe: na ficha perdida apareceu anotado que a médica tinha me chamado às 16:30, o que não ocorreu”.

Segundo a paciente, por conta das fortes dores, ela pediu para o marido a acompanhar na consulta. No entanto, a médica o teria expulsado da sala, além de ter “batido boca” com Karina, que também acabou saindo da sala de consultas. “Outro médico me ofereceu atendimento, me medicou e pediu exames. Mas ela ficava me olhando feio”, frisou.

A paciente afirma ainda que pretende fazer um boletim de ocorrência contra a médica. Ela disse que só não o fez porque como continuou com dores, recorreu ao atendimento da Unesp de Botucatu. “Lá eu fui bem atendida e descobri que estou com cálculos renais. Desde quarta-feira estou fazendo exames para realizar uma cirurgia”, disse.

FALTA DE AMBULÂNCIA – Clávio Luiz Pereira também reclamou do atendimento do Pronto Socorro, porém no que diz respeito à falta de ambulância. De acordo com ele, sua filha estava com febre acima de 40 graus devido a uma infecção urinária. Para levar a garota até o PS, ele teria chamado o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que teria negado o atendimento devido à falta de médico plantonista.

Clávio entrou em contato com o Pronto Socorro, onde foi informado que não havia possibilidade de enviar uma ambulância, já que “a unidade só atendia Avaré e não atenderia o Balneário Costa Azul”.

Após conversar com uma enfermeira que se identificou como Antônia, foi explicado então que não havia como socorrer sua filha, pois supostamente a ambulância estava com a suspensão quebrada. Clávio explica ainda que após muita insistência, conseguiu entrar em contato com uma funcionária identificada como Izabel, que conseguiu um veículo para buscar a garota.

No entanto, Clávio Luiz destaca que o carro enviado era uma “Kombi, sem nenhum atributo para realizar primeiros socorros, fétida e imunda”. Ele afirma ainda ter achado estranho quando chegou ao PS ao verificar que havia ambulâncias no local. “Para minha surpresa tinha duas UTIs móvel zerada na garagem e uma das ‘mini-ambulância’ do Poio de enfeite como troféu parado”, frisou.

OUTRO LADO – A Comarca entrou em contato com a Prefeitura para averiguar se tais reclamações já teriam chegado até o prefeito Poio Novaes e à secretária da Saúde, Vanda Nassif, bem como o que estaria sendo feito sobre o caso.

Em nota, foi explicado que “jamais houve determinação para o não atendimento de chamadas oriundas do Costa Azul ou de qualquer outro bairro fora da área urbana. O município tem diariamente, no mínimo, sete ambulâncias em circulação. Quanto às denúncias do atendimento da médica, é preciso nome e dizer quando o fato ocorreu para que a Secretaria de Saúde possa apurar os fatos”.

A Comarca enviou o nome da médica, bem como a data e horário dos acontecimentos. Após isso, a Prefeitura enviou nova nota esclarecendo que a “Secretaria da Saúde vai apurar os fatos e verificar o ocorrido junto às partes”.

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