Doença de filha inspira mãe a promover campanha nas redes sociais
Beatriz Rocha, de 4 anos, sofre de paralisia cerebral e precisa de uma banheira especial
Da Redação
Solange de Souza, 33 anos, é uma daquelas mães guerreiras, que inspiram e que nunca perdem a esperança.
Há 4 anos ela vive uma luta constante pela vida da pequena Beatriz, que sofre de paralisia cerebral e holoprosenfalia, que causa defeitos no desenvolvimento da face e na estrutura e funcionamento do cérebro.
A pequena tem os movimentos do corpo, mas não possui coordenação para andar, sentar e falar devido às más formações cerebrais que causam sequelas motoras.
Além da paralisia, Beatriz possui lábio leporino e fenda palatina, problemas que impedem a menina de respirar sem a ajuda de traqueostomia (abertura na traqueia) e de se alimentar sem o auxílio de uma sonda.
Devido ao aparelho localizado na garganta, Beatriz tem dificuldades para tomar banho, já que qualquer descuido pode ser fatal. “Ela não pode tomar banho em água corrente por conta do buraco da traqueostomia, se entrar uma gota de água lá vai direto para o pulmão”, explica.
Por conta desse cuidado, Solange lançou nas redes sociais uma campanha para conseguir uma banheira especial própria para crianças com paralisia cerebral. “Ela já não serve mais na banheira comum, não posso colocar ela embaixo do chuveiro e ela se debate muito na hora do banho, o que me deixa ainda mais aflita e com medo de não conseguir evitar um acidente. Essa banheira é equipada e tem cintos de segurança para proteger”, relatou a mãe.
CAMPANHA – A família que vive em um bairro rural de Avaré, afirma que não tem condições de custear o equipamento que custa R$ 2.600.
“Nós até estamos tentando juntar dinheiro, já temos uma boa parte, mas só meu marido trabalha porque ela depende inteiramente de mim. Além da banheira, ela precisa de leite, fraldas, aparelhos e fica difícil”, explica.
A iniciativa da mãe começou a circular nas redes sociais em janeiro deste ano e já é compartilhada por amigos e familiares na esperança de arrecadar a quantia necessária para a compra do equipamento.
DESAFIOS – Segundo a mãe, a gestação foi tranquila até o último mês e somente na hora do parto foi possível notar a má formação. “Quando ela nasceu, os médicos não deram nem um mês de vida. Ela teve cinco paradas respiratórias e sobreviveu. Ninguém acredita”, revela.
Apesar de todos os desafios e problemas de saúde da filha, Solange explica que vive por ela um amor incondicional. “Não vou falar que é fácil, porque não é, mas por ela eu faço de tudo e em hipótese alguma vou perder a esperança de um dia poder ver andar, falar e me chamar de mamãe”, relatou.
DOAÇÕES – Colaborações podem ser feitas em qualquer agência da Caixa Federal ou nas Lotéricas. Agência: 0286, operação: 013, conta: 00032902-7 – Beatriz Inez Leite da Rocha.