Especialista fala sobre as diferenças entre a cirurgia plástica e a reparadora
Da Redação
Com o aumento da procura pelas cirurgias plásticas, é natural que surjam várias dúvidas a respeito de suas aplicações e das diferenças com relação à cirurgia reparadora. Segundo o cirurgião plástico João Alberto Carneiro Gonçalves, que possui clínica em Avaré, a princípio toda cirurgia plástica “tem por objetivo a reconstituição de uma parte do corpo humano por razões médicas (funcionais) e estéticas”. Ainda segundo ele, como se trata de uma intervenção cirúrgica, é importante que seja feita sempre por profissional devidamente habilitado, tomando-se todas as precauções no pré e no pós-operatório. “Eu costumo dizer que a melhor chance que o paciente tem é a primeira; assim ele e o cirurgião terão todas as opções cirúrgicas para evitar intervenções posteriores desnecessárias, no sentido de corrigir algo que não foi bem feito e que não correspondeu às suas expectativas”.
A princípio, explica Dr. João, quando o paciente apresenta lesões deformantes, defeitos congênitos ou adquiridos, ele pode fazer uso da cirurgia plástica reparadora, que é considerada tão necessária quanto qualquer outra intervenção cirúrgica.
TÉCNICAS – As aplicações são amplas. Segundo o especialista, existem técnicas que podem ser utilizadas em casos onde há patologias congênitas ou adquiridas, comprovadas por meio de exames detalhados, ou então no caso de paciente que apresente déficit funcional parcial ou total, cujo tratamento exija os recursos específicos da cirurgia plástica.
Em todos os casos, Dr. João argumenta que os procedimentos “realizados através da cirurgia plástica têm como objetivo recuperar ou aprimorar as funções, além de recuperar e restabelecer a forma e o aspecto o mais próximo possível da aparência estética saudável, lembrando que aparência saudável e estética se associam”.
PERFIS – Entre os exemplos de perfis de pacientes que podem se beneficiar das técnicas de cirurgia plástica estão pacientes portadores de seqüelas de acidentes ou traumas físicos, atenuação ou reversão de defeitos congênitos; ptose palpebral em idosos; sequelas em pacientes queimados; sequelas deixadas em portadores de câncer; e sequelas em ex-obesos que fizeram cirurgia bariátrica, além de portadores de cisto e câncer de pele.
Com relação à cirurgia plástica estética, Dr. João explica que a diferença em relação à reparadora é que essa tem o objetivo de proporcionar uma melhora na aparência do paciente. “Nesse caso não existe, por parte do paciente, a questão da saúde ou da busca de alguma melhora em determinado trauma físico ou lesão; mas sim o propósito de melhora em algum aspecto físico que não lhe agrada, visando a correção dessas alterações que lhe trazem desconforto, por exemplo, o desenvolvimento de mamas em homens (ginecomastia), as gorduras localizadas entre outros”, observa Dr. João.
IMPORTÂNCIA – “São situações que não geram dificuldade ou prejuízo da ordem funcional, mas sim de ordem psicológica e estética”. Atualmente, as duas cirurgias plásticas estéticas mais realizadas no Brasil são a lipoaspiração e a colocação dos implantes de silicone nos seios (mamoplastia de aumento). “Mas qualquer que seja a técnica ou o objetivo da cirurgia plástica, reitero a importância da busca de um profissional habilitado e capacitado para que o resultado seja o mais satisfatório possível. Afinal, como sempre digo, a melhor chance é sempre a primeira”.