AcontecendoPedagoga de Iaras vence Prêmio Poetize 2018 da editora Vivara

A Comarca7 de fevereiro de 20186 min

Pedagoga de Iaras vence Prêmio Poetize 2018 da editora Vivara

Da Redação

A pedagoga de Iaras, Severiana Paulino Rodrigues, de 44 anos, participou do concurso Prêmio Poetize 2018, da editora Vivara, e teve o poema “Bullying, sou vítima”, selecionado para publicação em coletânea no mês de março, deste ano.
De acordo com a escritora, os poemas foram inscritos e avaliados nas categorias de originalidade e escrita. “Os jurados são do Rio de Janeiro e as etapas foram via email, para mim foi muito gratificante ser selecionada”, relatou Severiana.
CARREIRA- Nascida em Águas de Santa Bárbara, Severiana cursou pedagogia na Faculdade de Ciências e Letras de Avaré (FREA) e pós-graduação de Psicopedagogia Clínica e Institucional pela Faculdade Sudoeste Paulista – Avaré (FSP).
A escritora relatou que sempre teve como inspiração para escrever sobre o amor, natureza e amizade. “Participo desde o ano de 2008 de concursos, publicações de livros, sou revisora técnica ortográfica de textos e faço palestras”.
PUBLICAÇÕES- Severiana é autora do livro Caminhos Cruzados e agrega participações em 37 coletâneas, dentre elas no livro Racismo: São Paulo Fala, cartas selecionadas da campanha cultural 120 Anos de Abolição – Racismo: Se você não fala, quem vai falar? Lançado pela Ipsis Gráfica e Editora, 2008. Participação Na Bienal Do Livro através Das Palavras Abraçadas (poesias, 2016), no livro de Antologia Poética O Diário das Almas Femininas (2015) e O Poeta Do Divã (2016), ambos lançados pela editora Sanches 2016.

Confira o poema selecionado no concurso Poetize

Bullying, sou vítima!
Contínuas são as ameaças…
Seguidas por humilhações, insultos, pancadas, surradas, empurrões,
Pontapés, atitudes agressivas, intencionais e repetidas,
impondo poder, espalhando histórias humilhantes,
mentiras e me expondo em situações vexatórias.
Lamentavelmente, não se freia o fenômeno.
Todos os dias os casos de bullying se afloram.
Sou vítima, sofro calada.
Meu peito dói!
Estou sendo maltratada e intimidada.
Surge a dor e sinto muita dor, ando angustiada,
com medo, muito medo,
a tal ponto que tem horas que penso em me suicidar.
Não consigo me defender!
Não bastasse uma pessoa me agredir,
agora são duas.
Não tenho mais forças!
Embora eu procure, não encontro saída.
Todos os dias vem aqueles apelidos pejorativos,
Sou humilhada perante todos, ninguém faz nada,
Finge que não vê!
Por quê quem presencia assim como eu  se silenciam?
Deve também temer e em razão de se tornar as próximas vítimas.
Todos os dias sou afetada, ao adentrar no corredor da tortura,
experimentando dentro de mim sentimentos de medo e ansiedade.
Ando muito insegura e isso me impede de solicitar ajuda.
O ato de bullyr chegou até mim.
Veio com extorsão, chantagem tentando tirar vantagem,
Conseguindo que eu trouxesse roupas, chocolates e balas.
O que está acontecendo comigo não é uma briguinha
ou picuinha de crianças ou de quem não tem nada o que fazer,
para que ninguém tome atitude nenhuma a respeito.
O bullyncídio deixa cicatrizes na alma!
Torno-me sozinha, isolada e vivo na solidão.
Vivo à deriva!
Tenho vergonha de ir à escola.
Pois sou atingida verbalmente, psicologicamente e fisicamente.
Já não suporto mais tanta humilhação.
Hoje eu entendo a retaliação
daquilo em que consiste o meu viver.
E ador em que estou sentindo?
Extravaso através do xixi
Que me faz padecer!
Socorro! Socorro!
Alguém pode me ouvir?