AcontecendoVereador é citado em possível participação em aborto clandestino

A Comarca15 de dezembro de 20146 min

Vereador é citado em possível participação em aborto clandestino

Edinho da Farmácia teria indicado local para que um casal pudesse adquirir medicamento abortivo de forma clandestina; caso deverá gerar inquérito policial

Da Redação

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O vereador de Avaré Edson Flávio Theodoro da Silva, o Edinho da Farmácia, teve seu nome envolvido na suposta venda clandestina de medicamento abortivo. Ele é citado por ter, supostamente, indicado o local onde o remédio, que é de uso proibido no Brasil, poderia ser adquirido.

Segundo o boletim de ocorrência lavrado no dia 1º de dezembro, Edinho também teria monitorado a mulher no uso do Cytotec, medicamento que é usado no tratamento e prevenção de úlcera do estômago, mas que possui uma substância usada ilegalmente como abortivo. O remédio tem a venda proibida no país desde 1998.

O caso foi descoberto quando a Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência de discussão de casal. Já na delegacia, a mulher A.F. informou que era amante de J.C. e que estava grávida de quase três meses. No depoimento, ela disse ter sido obrigada pelo homem, “sob pena de morte”, a tomar o medicamento abortivo. Ela revelou ter tomado quatro comprimidos que teriam sido adquiridos em uma farmácia localizada na Costa Azul. Ela cita que a indicação, supostamente, teria partido do vereador Edinho.

Ainda no BO, é alegado que, como nada teria ocorrido, dois dias depois eles teriam procurado o homem que vendeu os remédios. No local, eles teriam sido orientados a tomar mais quatro comprimidos.

Depois disso, A. teria passado mal. Ela declara que tanto J. quanto o “homem” da farmácia teriam dito para que ela “deixasse sangrar”. A mulher afirmou ainda que o vereador Edinho teria ajudado a monitorar o uso do medicamento.

ABORTO – Dizendo não resistir às dores, A. procurou o Pronto Socorro Municipal e depois foi transferida para a Santa Casa de Misericórdia, onde foi constatado que ela estava abortando.

De sua parte, J. confirmou o relacionamento com a mulher, porém negou a gravidez e que ela tivesse tomado Cytotec. Ele também nega ter solicitado o medicamento do vereador Edinho.

Na delegacia, a mulher não desejou representar contra o homem e não solicitou qualquer medida protetiva.

Segundo informações obtidas pela Comarca, o processo corre no 2º DP, mas o caso deve ser encaminhado para a Delegacia Seccional. Um inquérito policial deverá ser instaurado.

OUTRO LADO – Em texto distribuído à imprensa, o vereador nega as acusações e diz que seu nome “apenas aparece no depoimento de uma das partes”. Edinho da Farmácia explica que está colaborando com a Polícia, já tendo comparecido à delegacia para depor.

O vereador acredita que a investigação irá contatar que ele nada tem a ver com o ocorrido. “Estou tranquilo com relação a esse fato e espero que ele seja tratado como realmente é, ou seja, meu nome apenas foi citado e não há porque tratar a coisa como se eu estivesse envolvido neste caso”, finaliza o vereador.

Ele acrescenta ainda que o inquérito está em andamento e que espera que a “própria polícia chegue às suas conclusões”.

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