Reunião entre Alckmin e professores avareenses termina sem acordo
Da Redação
O governador Geraldo Alckmin manteve a postura de não negociar com professores em greve durante encontro com integrantes do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) promovido no sábado, 18, em Avaré.
A informação é de Anita Marson, conselheira-coordenadora da unidade local da Apeoesp.
O encontro ocorreu em meio à solenidade de inauguração do novo ambulatório de Ortopedia da Santa Casa de Avaré. Cerca de 16 professores aproveitaram a presença do político para protestar pacificamente contra a política educacional do governo estadual.
Além de Anita, o tucano recebeu para uma conversa reservada o conselheiro-tesoureiro Silvio Paulino e a conselheira-regional Rosa Martins. No encontro que durou 40 minutos, os sindicalistas reiteraram as reivindicações da categoria que está em greve há quase 50 dias. “Nosso intuito foi sensibilizar o governador. Ele chegou a dizer, porém, que não éramos professores. Em seguida, disse que a greve é política e organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT)”, afirmou Marson em entrevista à Comarca.
Geraldo Alckmin também teria reiterado a posição de não conceder aumento à categoria, que pede reposição salarial de 75,33% para equiparação com as demais categorias com ensino superior. “O governador ressaltou que não vai dar o aumento, não adianta negociar. No entanto, ele concedeu aumento de 17% ao seu secretariado e aumentou em 5% o próprio salário”, disse a conselheira-coordenadora.
Reivindicações como o desmembramento de classes superlotadas e realização de novos concursos públicos também foram reapresentadas ao tucano.
Embora não tenha obtido avanços, Anita Marson enfatizou o caráter pacífico do protesto. “Nós respeitamos os pedidos da direção da Santa Casa e promovemos uma manifestação em silêncio, de acordo com as características da instituição”, apontou.
Em Avaré, cerca de 40% dos professores da rede estadual estão em greve. Uma assembleia realizada na quinta-feira, 30, os professores optaram pela manutenção da paralisação.