Afronta religiosa na Parada Gay é criticada por Davi Cortez
Da Redação
“Lamentável” e “Lastimável”. Com esses adjetivos, o vereador Davi Cortez criticou o que ele classificou como afronta às religiões. Ele se pronunciou na sessão da Câmara Municipal na segunda-feira, 8. “Como todos bem sabem eu apoio e acho justa a causa do movimento LGBT. Porém, na Parada Gay em São Paulo, eles abusaram, eles denegriram, eles afrontaram todas as religiões, a Jesus Cristo”, destacou.
Ele fez referência a atos de ativistas das causas homossexuais vilipendiando símbolos cristãos durante o evento realizado no último domingo, 7. No telão da Câmara, ele projetou uma foto do evento, onde uma transexual aparecia “pregada” em uma cruz.
“Isto é uma coisa que, ao invés de elevar o movimento, só prejudica. Deveriam fazer uma coisa saudável, e talvez diminuir o preconceito. Mas isso gera o contrário. Só aumenta o preconceito. Não sei como a organização do movimento permitiu que isso viesse a acontecer”, disse.
Ele completou dizendo que os ativistas deveriam se dar ao respeito: “Lastimável, muito lamentável. Sou a favor de identidade de gênero, de orientações variadas, do que quer que seja. Mas não precisa ofender ninguém. Não é gerando ódio e preconceito que você vai conseguir se livrar de alguma forma de preconceito”.
Cortez defende as religiões cristãs. “Isso eu achei lamentável e toquei no assunto porque feriu enormemente a maioria das religiões, porque Jesus é o Mestre, é o Pai. Jesus está presente em todas as religiões, e isso não poderia ter acontecido”.
REQUERIMENTO – Ele defendeu a necessidade de se posicionar. “Venho aqui falar publicamente que acho isso lamentável, que não pode acontecer. Espero que a organização do movimento, a quem vou fazer requerimento nesse sentido, peça desculpas publicamente pelo ocorrido, e que nos próximos anos, isso não volte a acontecer”.
Em entrevista à Comarca, Davi destacou que na Câmara utilizou a imagem de uma transexual crucificada apenas para ilustrar seu pronunciamento. Segundo ele, sua crítica não foi direcionada a essa manifestação (a transexual crucificada), que ele entende ter sido feita de maneira alegórica para representar o sofrimento que os LGBTs sofrem. “Essa foi uma situação, e até a gente tem como entender como uma representação. Mas houve coisas graves, com desrespeito a símbolos cristãos, que não cabe a mim citar, mas que certamente foram repudiados pela sociedade. Por isso, esse alerta”.