Petição pede permanência de veterinária na Casa da Agricultura de Avaré
Da Redação
Protetores de animais de Avaré organizaram uma petição virtual para pedir que a médica veterinária Adriana Borin permaneça à frente do serviço de castração gratuita de animais em Avaré.
Até o momento, a petição já conta com 130 assinaturas e pode ser acessada através do site peticaopublica.com.br com o nome de “Não aceitamos a saída da Dra. Adriana Borin da Casa de Lavoura”.
De acordo com os ativistas, a Prefeitura quer diminuir as horas que a profissional presta serviços no local, podendo inclusive colocar um outro veterinário para trabalhar no setor de castrações. Para eles, porém, a medida poderia prejudicar o trabalho de castração na cidade. “Ela castra muito bem e rápido. Sem ela, vão aumentar os cachorros nas ruas, pois quem entrar no seu lugar não irá conseguir realizar o procedimento com a sua rapidez”, afirmou Gi Soares em seu perfil em uma rede social.
Os ativistas aproveitaram para criticar as condições do espaço onde são castrados os animais, afirmando que há poucos recursos disponíveis. Entre os pontos levantados está a suposta falta de pessoal, já que a própria Adriana Borin teria que marcar cirurgias e realizar os procedimentos em cães e gatos, além de fazer o trabalho de consultas clínicas.
A proposta conta com amplo envolvimento popular, mobilizando inclusive os vereadores Davi Cortez e Denilson Ziroldo, que se prontificaram a fazer o possível para que a veterinária não seja transferida. Cortez, que também é ativista da causa animal, destacou à Comarca que “se realmente as horas extras da Adriana forem cortadas e não houver mais as castrações feitas por ela, será uma perda irreparável para nossos anjos sem asas e seus protetores. Dificilmente haverá um substituto a sua altura para realizar tal procedimento, com agilidade, competência, carinho e amor pelo que faz”, disse o parlamentar.
OUTRO LADO – O secretário de Comunicação Lucas Mota afirmou que a Prefeitura não tem intenção de transferir ou intervir no trabalho realizado pela médica veterinária Adriana Borin.
Foi explicado ainda que Adriana tem carga horária de quatro horas por dia e, no entanto, vinha cumprindo aproximadamente seis horas extras diárias. “Segundo informações da Agricultura, houve a necessidade de redução das horas, assim como em diversos setores da Prefeitura Ou seja, ela vai permanecer na Casa da Lavoura atendendo durante seis horas diárias”, confirmou.
O secretário frisou ainda que no início deste ano um decreto regulamentou o serviço no intuito de beneficiar a população que precisa e também entidades protetoras de animais. “Cabe salientar que este decreto não limita os animais provenientes das entidades de proteção, que são sempre atendidos de forma permanente”, disse.
Sobre o suposto prejuízo observado por protetores, que temem que mudanças prejudiquem os serviços de castração de cães e gatos, Lucas Mota destacou que o governo reconhece a importância dessa questão, e por essa razão a Prefeitura está custeando o funcionamento do Centro de Zoonoses de Avaré, que fica na Estrada dos Três Coqueiros, ao lado da Toca do Urso.