Alunos de Avaré participam de Oficina de História em Quadrinhos
Da Redação
Alunos do Matilde Vieira participaram na quarta-feira, 26, de uma oficina de produção de texto, roteiro e ilustração de história em quadrinhos.
Ministrada pelo cartunista Luiz Carlos Fernandes e pelo jornalista Evaldo Novelini, que assinam a obra “Como um cavalo salvou a vida de um preso político”, a oficina teve como objetivo explorar técnicas de produção de textos e desenhos, além de mostrar aos alunos como os quadrinhos podem ser utilizados para contar episódios da história do Brasil.
Em entrevista à Comarca, Fernandes, que nasceu em Avaré, revelou que a oficina de quadrinhos faz parte de um projeto do governo estadual. “Eu estudei aqui no Matilde, então meu carinho por essa escola é imenso. Não poderia ministrar esse curso sem poder fazer isso na minha terra”, destacou.
O cartunista é vencedor de dois HQMix, considerado o Oscar do traço brasileiro, um pelo melhor livro ilustrado (1997) e outro por melhor caricaturista (2009). Além disso, foi o patrono do primeiro Salão Nacional de Humor de Avaré, realizado em 2014, e é presença confirmada na edição de 2015 do evento.
Já Novelini, que é editor-chefe do jornal Diário do Grande ABC, frisou sua alegria em participar da ação, que segundo ele tem proporcionado outra forma de ver a educação no estado. “É de grande importância trazer para as salas de aula esse tipo de projeto. Estou muito feliz e também é um imenso prazer conhecer Avaré”, comentou.
Além dos alunos, também estiveram presentes na oficina de HQ professores, coordenadores e também o secretário da Cultura Gilson Câmara.
SOBRE A HQ – Lançada com incentivo do Programa de Ação Cultural (ProAC), da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, a obra “Como um cavalo salvou a vida de um preso político” traz o trabalho do advogado e jurista Heráclito Fontoura Sobral Pinto para salvar o alemão Harry Berger da tortura na prisão. Berger foi enviado por Moscou para ajudar Luís Carlos Prestes a implantar no Brasil uma república comunista no fracassado golpe de 1935. Sem legislação mais apropriada, Sobral Pinto recorreu ao Decreto de Proteção e Defesa dos Animais para garantir melhores condições carcerárias a Berger.