Suspeito de assassinar jovem em Minas Gerais é investigado em escândalo de corrupção em Avaré
Da Redação
Um crime que chocou uma cidade, o assassinato e uma jovem de 21 anos, no município mineiro de Extrema, expôs o romance entre o comerciante e ex-gestor do Núcleo da Diversidade Sexual de Avaré, José Roberto Santos Freire e o namorado da vítima, Lucas Gamero.
A suspeita é que eles teriam planejado e mandado matar a garota, a estudante Larissa Gonçalves de Souza, que foi dada como desaparecida no dia 23 de outubro, e seu corpo foi encontrado em uma área de mata, dentro de um saco, com pés e mãos amarrados e sinais de estrangulamento, no dia 3 de novembro
A polícia divulgou provas que indicam o envolvimento de Beto Freire, como o fato do celular da vítima ter sido encontrado em sua residência. Além disso, em sua loja de roupas foram encontrados sacos idênticos aquele em que estava o corpo da jovem, além do vestido da garota.
Na delegacia, Freite confessou o crime e entregou seu comparsa. No celular do acusado foram encontradas fotos que comprovariam o romance entre os dois. No entanto, Gamero nega participação no crime.
ESCÂNDALOS
O crime revoltou a população de Extrema, que incendiou a loja de roupas de Beto Freire. Mas esta não foi a primeira vez que o empresário é ligado a um escândalo.
Em Avaré, onde ocupou o cargo de gestor do Núcleo da Diversidade Sexual (Nadsex), ele é investigado por corrupção. Freire e seu ex-companheiro, Antônio Carlos Garcia Pereira, também conhecido como Tonio Chacon, teriam desviado cerca de R$ 65 mil do Núcleo em 2012.
A dupla é investigar por, supostamente, duplicar notas fiscais e falsificar assinaturas. Outras situações envolvendo irregularidades e desvios no núcleo também estão sendo apuradas, como fraudes em pagamentos e superfaturamento em contratos.
José Roberto Santos Freire também chegou a ocupar a interinamente a Secretaria de Cultura de Avaré, por um período de menos de dois meses, ainda na gestão do ex-prefeito Joselyr Silvestre.
MAIS ACUSAÇÕES
Em março de 2014, Alfredo Alderighi Massetti Junior, de 29 anos, foi assassinado em São Paulo, e para a família do rapaz, que era outro ex-integrante do Nadsex, o crime seria uma espécie de “queima de arquivo”. Leia a matéria publicada na época aqui.
De acordo com relato dos pais da vítima, que também era suspeito de envolvimento com fraudes e irregularidades no Nadsex, foi procurado por ex-membros do Núcleo, pouco tempo antes de morrer.
A mãe do jovem, em entrevista à Comarca, afirmou que Alfredo recebeu bastante dinheiro supostamente oriundo das fraudes, e até mesmo uma empresa teria sido aberta em seu nome, para receber o dinheiro desviado.
No entanto, em determinado momento, o Alfredo decidiu se separar do grupo. “Ele foi muito ameaçado por um determinado pessoal. Ele era um laranja, e se saísse, ia complicar tudo”, explica.
Outro detalhe revelado pelos familiares é que, um dos ex-integrantes do Nadsex teria procurado Alfredo em sua residência, em São Paulo. Esse indivíduo pediu que Alfredo o esperasse na rua, e foi nessa hora que uma pessoa encapuzado chegou e atirou a queima-roupa, acertando 12 tiros em Alfredo, que morreu na hora.