Câmara pode ganhar terreno para futura ampliação da sede nova
Doação de terreno que faz divisa com nova sede está previsto em um projeto da Prefeitura; área possibilitará implantação de viela sanitária, já que nova sede é atendida somente por fossa séptica
Da Redação
Um projeto de lei que deve ser votado nas próximas semanas irá autorizar a Prefeitura de Avaré a doar ao Legislativo um terreno com 776,28 metros quadrados que faz divisa com os fundos do novo prédio da Câmara.
A solicitação partiu do Legislativo e deu origem ao estudo que envolveu o órgão e a Secretaria de Obras e Habitação, que ficou responsável pela parte técnica como topografia e memorial descritivo. As negociações tiveram início depois que a ocupação da nova sede foi dada como certa.
De acordo com o informado, o objetivo é possibilitar a construção de uma viela sanitária, já que o novo imóvel é atendido apenas por fossa. Assim, a estrutura possibilitaria a ligação com a rede de esgoto situada às margens da Rodovia João Mellão (SP-255). O escoamento de águas pluviais também seria beneficiado com a obra.
Segundo o apurado pela Comarca, a área avaliada em aproximadamente R$ 200 mil será repassada ao município como abatimento de parte da dívida que o espólio do ex-proprietário do terreno tem com o poder público.
Inicialmente, cogitou-se a possibilidade de criar uma rua lateral ao prédio da Câmara após a desapropriação de um trecho que chegasse até a SP-255, mas a Prefeitura constatou que o valor a ser gasto no empreendimento seria muito alto.
PROJETO – A necessidade da adequação estaria ligada a mais um dos problemas na concepção do projeto da nova Câmara. Como a obra foi edificada aproveitando o desnível do terreno, não houve a possibilidade de o esgoto ser despejado na rede existente na Avenida Gilberto Filgueiras, sobrando como opção a utilização de fossas.
ANEXO – A eventual transferência do imóvel ao Legislativo levantou a especulação de que um anexo poderia ser construído no terreno situado ao fundo do novo prédio da Câmara. A falta de espaço, que obrigou vereadores a atender em gabinetes separados uns dos outros apenas por uma divisória, é uma das principais críticas feitas ao novo prédio.
A reportagem esteve no imóvel na quarta-feira, 3 de agosto, e constatou que o imóvel apresenta um desnível acentuado. Segundo especialistas, qualquer construção no local exigiria aterramento, o que encareceria os custos de qualquer construção.
Questionado pela Comarca, o presidente Denilson Ziroldo negou a intenção de construir um anexo. O diretor Cristiano Porto também descarta a possibilidade. Segundo ele, o terreno servirá apenas para a instalação da viela sanitária.
NOVA ALA – Ainda de acordo com Cristiano, o Legislativo terá à disposição em breve uma nova ala com cerca de 100 metros quadrados que já integra o complexo. O espaço situado nos fundos do prédio está atualmente fechado, mas deve entrar em funcionamento assim que for adequado de acordo com os padrões técnicos exigidos pelo Corpo de Bombeiros. A regularização prevê apenas a instalação de uma escadaria de metal que faça a integração entre os espaços.
O Legislativo já deu início a um procedimento licitatório para concepção do projeto e a execução da adequação do espaço que terá sete salas. “Ainda não é possível mensurar gastos, mas a expectativa é que o valor seja bastante pequeno”, avaliou o diretor.