AcontecendoTorneio-Bomba: Emissão notas fiscais após evento abre suspeita de mais ilegalidades

A Comarca6 de agosto de 20135 min

Da Redação

Em análise nas notas fiscais de empresas que teriam prestado algum tipo de serviço para o V Torneio de Pesca, a Comarca verificou que muitas haviam sido emitidas após a realização do evento. Uma delas foi lançada em 31 de maio de 2010, ou seja, 1 mês e 20 dias após o Torneio.

Em uma delas, de uma rede de supermercados de Avaré, consta a aquisição de R$ 2.850 em pacotes de arroz. Ocorre que a nota está com data de 28 de maio de 2010, ou seja, mais um mês e meio depois do fim do evento, que terminou no dia 11 de abril de 2010. Além disso, é questionável a motivação de tal compra pela Prefeitura.

Outra nota que chamou a atenção foi da compra de 115 mil anzóis que custaram aos cofres públicos R$ 3.335,00, também pela Prefeitura. O documento fiscal foi emitido somente no dia 31 de maio de 2010. Outro gasto foi com uma empresa de Cerqueira César, de frete e serviços diversos. A nota foi emitida no dia 4 de maio de 2010, quase um mês após o evento.

Já a nota relativa à aquisição de 20 varas de pesca e 20 molinetes foi emitida no dia 19 de abril de 2010 no valor de R$ 1,3 mil. Outros R$ 3 mil foram gastos com a confecção de 2 mil bonés. Com fogos de artifício foram quase R$ 5,8 mil, todas despesas custeadas na época pela administração do então prefeito Rogélio Barcheti.

Com a aquisição de peixes a Prefeitura pagou R$ 60 mil. Para o evento foram comprados 4 mil quilos de pacu e outros 4 mil quilos de tilápia de uma empresa de Bernardino de Campos. Além da compra dos peixes, a Prefeitura teve que arcar ainda com o transporte. Também foram adquiridos rações. No total foram gastos R$ 65.885.

CONTRATAÇÃO DIRETA – Além do Torneio de Pesca, o evento contou ainda com a realização de torneio de truco, bocha e de um festival sertanejo. Na prestação de contas constam vários recibos de pessoas físicas que prestaram serviço para o evento. O organizador do torneio de truco recebeu R$ 600. Já o promotor do torneio de bocha recebeu R$ 700; o responsável por serviços de organização do torneio recebeu R$ 1,3 mil.

Uma outra pessoa recebeu R$ 1 mil da Prefeitura para prestar serviço na aquisição de brindes e prêmios para sorteio, supervisão de equipes de trabalho, controle de lugares durante a pesca, recolhimento e acondicionamentos dos alimentos arrecadados, entre outros.

Todos esses prestadores de serviço receberam pagamentos da Prefeitura apresentando simples recibos, o que seria irregular. Outros gastos registrados foram com aluguel de tendas (R$ 5,5 mil), letreiro e placas (R$ 800), banheiros químicos (R$ 5,4 mil) e serviços de segurança (R$ 4,8 mil).

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