Da Redação
Exatamente às 13:45 de hoje, sábado, 30 de março, o ex-prefeito Joselyr
Silvestre retornou para sua residência, após passar a noite em uma cela
localizada na Delegacia de Investigações Gerais (DIG). A reportagem da
Comarca flagrou o exato momento em que o ex-prefeito volta para sua casa
(foto).
O retorno do ex-prefeito encerra uma verdadeira novela,
iniciada na quarta-feira, 27, a partir da divulgação da decisão da 4ª
Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, que sentenciou
Joselyr ao cumprimento de 8 anos e 2 meses de prisão em regime
semiaberto e pagamento de 24 salários mínimos.
A condenação do
ex-prefeito foi reportagem de capa da edição impressa do Jornal A
Comarca desta semana, que circulou na sexta-feira, 29. No final da tarde
do mesmo dia o site A Bigorna publicou que a Polícia Civil cumpria
mandado de prisão contra o ex-prefeito, informação que repercutiu
imediatamente em vários órgãos de imprensa, inclusive na página da
Comarca no Facebook.
CONTESTAÇÃO – A nossa reportagem informou que,
em virtude do horário (quase 20 horas), não seria mais possível
providenciar escolta policial de custódia para transportar Joselyr até a
Cadeia de Piraju e que ele passaria a noite em uma cela no interior do
Plantão Policial de Avaré.
O texto informou também que advogados do
ex-prefeito prepararam contestações contra a decisão que estabeleceu o
retorno de Joselyr à prisão, que seriam apresentadas no Plantão do
Judiciário.
A peça de defesa foi providenciada pelo advogado
Evandro Franco Libâneo e apresentada junto à juíza Renata Biagioni, da
Unidade Regional de Departamento Estadual de Execução Criminal –
DEECRIM, sediada em Bauru.
Em seu pedido à magistrada, o advogado
defende a manutenção da Prisão Domiciliar do ex-prefeito e esclarece
que, apesar de recentemente ter sido beneficiado por Liberdade
Condicional, o réu não chegou a ser cientificado da concessão dessa
medida, motivos pelos quais solicita que Joselyr possa continuar
cumprindo suas penas recluso em sua própria residência.
DECISÃO –
No despacho, a juíza considera o pleito (pedido) do advogado “razoável” e
afirma que “a concessão de livramento condicional por este juízo poderá
ser revogado ou tornado sem efeito face a nova condenação, todavia a
decisão da Superior Instância concedida com base nas condições de Saúde
do reeducando (Joselyr) está em plena vigência, uma vez que não fora
cassada”.
Dessa forma, a juíza determinou que Joselyr deveria ser
advertido “acerca das condições da prisão albergue domiciliar”, o que
lhe garante que cumpra a pena em sua própria residência.
Joselyr foi
liberado da Delegacia pouco antes do almoço. De lá seguiu para o Forum
de Avaré e ficou até por volta das 13:30, de onde saiu no carro da
esposa em direção à sua casa, para retornar ao cumprimento de sua pena.
Essa nova condenação de Joselyr deve-se ao caso de fraudes em
licitações que ficou conhecido como compra irregular dos “ônibus
podrões”, denunciado em 2012 pelo jornal A Comarca.