O presidente da Câmara, Barreto do Mercado (PT) novamente votou favorável ao prefeito Jô Silvestre durante apreciação do projeto que renomeia cargos e funções de servidores da Prefeitura. O voto de minerva causou mal estar entre os membros da bancada de oposição e expôs ainda mais a crise que já tem se arrastado há meses.
Quando comunicou sua decisão, Barreto argumentou que um dos deveres do presidente da Casa de Leis é liderar e articulação entre os poderes. “Nós precisamos pensar no que é melhor para a população. Neste caso, precisamos pensar muito. Eu não tenho nível superior, por exemplo, que era o exigido anteriormente. Mas se uma pessoa estiver apta tomar conta de um departamento de licitação, não importa se ela é veterinária, ela precisa cumprir sua atribuição”, diz.
Em contrapartida, seu companheiro de bancada e de partido, Ernesto Albuquerque (PT) garantiu que não houve diálogo entre a Prefeitura e os membros da comissão responsável por avaliar o texto-base da proposta encaminhada pelo Executivo.
Voto de protesto
Segundo ele, a “falta de credibilidade” de Jô Silvestre levanta suspeita em torno da nomeação de cargos comissionados. “Essa falta de diálogo e essa desconfiança, assim como mencionou os demais membros da oposição, levam a gente a acreditar que isso é armação, eles podem colocar alguém que seja de interesse do governo. Esse é o grande problema. Isso me motiva a votar contra. Meu voto é de protesto. Como vou votar a favor de alguém que quer estabelecer a lei da mordaça entre os vereadores?” questiona Ernesto.
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