AcontecendoGeralRegiãoArcebispo decide manter igrejas e capelas fechadas

Dom Maurício proíbe que padres promovam aglomeração de fiéis para evitar mais contágios da Covid-19
A Comarca25 de abril de 20204 min

Gesiel Júnior

Especial para A Comarca

Em novo decreto distribuído para todas as paróquias da Arquidiocese de Botucatu, o arcebispo metropolitano dom Maurício Grotto de Camargo determinou que as igrejas e capelas das 46 paróquias da região permaneçam fechadas. “Tendo consciência de que tanto o número de infectados pela Covid-19, quanto de mortos é muito maior do que os números apresentados oficialmente, temos que intensificar medidas sempre com a preservação e cuidado pela vida diante desta pandemia”, enfatizou.

Nesta orientação, mais abrangente do que a expedida em 19 de março, o arcebispo proíbe aos padres “qualquer tipo de iniciativa que possa provocar deslocamento de nossos fiéis motivando aglomeração”, em sistema de “drive-throug”, como por exemplo, a entrega do sacramento eucarístico a domicílio, bem como a administração de bênçãos ou outros sacramentos nas casas.

Essa medida dom Maurício a tomou porque alguns padres, sem uso de máscaras, entregaram, na semana passada, a comunhão eucarística na residência de paroquianos, o que representa alto risco de contágio entre as partes.

Já para o atendimento nas secretarias paroquiais dom Maurício determina que sejam observadas “rigidamente” as orientações de proteção de saúde dos fiéis, como dos funcionários, recomendando o uso de máscaras, álcool em gel, limpeza constante nos ambientes, assim como o distanciamento social de, no mínimo, dois metros.

MOTIVAÇÃO ESPIRITUAL – Ao contrário de outras dioceses, como a de Campo Grande (MS), onde há novas regras para retomada de celebrações religiosas obedecendo o limite máximo de 30% da capacidade normal de cada igreja, a de Botucatu nada alterou. “Não podemos ser indiferentes, muito menos provocar atitudes irresponsáveis colocando em risco nossas famílias”, afirmou dom Maurício em seu decreto. “Continuamos com o sagrado compromisso com a vida e o bem comum, pois somos chamados a unir esforços com as autoridades e profissionais especializados dentro da sociedade brasileira”, argumentou.

O arcebispo pediu ao clero para continuar trabalhando “na motivação espiritual de evangelização, assim como acompanhamento de fiéis, pelos meios de comunicação social, para que ninguém se sinta abandonado neste momento”.

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