DestaquePolíciaÁrea da Seccional de Avaré teve mais de 80 ocorrências de desaparecimento de pessoas em 2019

A Comarca8 de maio de 20205 min

Um levantamento realizado pela reportagem do Jornal A Comarca revela que centenas de ocorrências de desaparecimentos de pessoas foram registradas no período de 2015 a 2019. Foram 413 casos de desaparecimentos para ser mais exato, conforme índices fornecidos pela Delegacia Seccional de Polícia Civil de Avaré que responde por 17 cidades da região.

O delegado titular da DIG de Avaré, Fabiano Ribeiro Ferreira da Silva, atua na especializada desde 2011 quando assumiu como delegado assistente. “Na grande maioria dos casos a gente trabalha com duas hipóteses: são desaparecimentos envolvendo adolescentes que se desentendem em casa por algum motivo ou saem para baladas, mas depois acabam retornando, o que representa cerca de 50% das ocorrências, e os desaparecimentos de pessoas com algum tipo de distúrbio mental, ou que tomam medicamentos”, explicou.

O titular da DIG afirma que os casos de desaparecimentos são praticamente esclarecidos em sua totalidade. “Estou na DIG de Avaré há quase 10 anos e foram poucos os casos de desaparecimentos que acabaram virando homicídios, uns três ou quatro. Os demais são esclarecidos com o reaparecimento das vítimas e restam poucos para investigarmos a fundo”, disse Fabiano Ribeiro.

Atualmente são seis os casos em aberto de pessoas desaparecidas que a DIG está trabalhando, isso na área dos 17 municípios abrangidos pela Delsecpol. O encontro da ossada humana no mês de abril deve por um ponto final no desaparecimento de A.R., de 37 anos, que saiu de casa em meados de outubro de 2019 conforme boletim de ocorrência registrado na época pela família.

Material genético foi recolhido da mãe do desaparecido e será confrontado com o resultado das amostras colhidas para exames nos ossos humanos encontrados na zona rural de Avaré. Os indícios apontam para um suicídio.

Desaparecimentos ainda não esclarecidos

Pelo menos dois casos noticiados pelo Jornal A Comarca nos últimos anos seguem sem esclarecimentos, um deles ocorrido em janeiro de 2020. Roberto Bueno, de 65 anos, sumiu no dia 24 de janeiro e seus familiares fazem busca até hoje. Ele é portador de necessidades especiais e teria sido visto pela última vez caminhando pela Rodovia João Mellão (SP-255), sentido pedágio. Morador do Jardim Paraíso, Roberto trajava na época camisa listrada azul, calça cinza e tênis.

Um caso mais antigo e que já perdura há dois anos é o de Geraldo Donizete, de 46 anos. Ele saiu de casa no dia 25 de janeiro de 2018 e nunca mais foi visto. De acordo com informações dos familiares fornecidas na época à reportagem do Jornal A Comarca, Geraldo vinha apresentando sintomas de depressão, embora tivesse emprego fixo. No dia do seu desaparecimento ele saiu para prestar um serviço e, no entanto, não retornou para a casa. A esposa Nilce de Godoy descreveu que Geraldo vestia boné azul escuro, camisa polo com detalhe vermelho, calça jeans e sapato social.

Fotos em sequência: Roberto Bueno (cima) e Geraldo Donizete

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