No princípio da década de 1930 o município de Avaré ainda não somava 30 mil habitantes e sua base econômica era agrícola, garantida principalmente pelas crescentes lavouras de algodão. Na cidade, o modesto comércio registrava menos de duzentas firmas, das quais apenas dez “com capital superior a 50 contos de réis”.
Entusiastas da proposta de unir o comércio numa associação, os lojistas Salim Antonio Curiati, dono da Sapataria Síria, e José Rebouças de Carvalho, dono da Casa Verde, convidaram outros comerciantes para se organizarem juridicamente, pois viam na aliança da classe o modo legítimo de obter benefícios para a coletividade.
Com efeito, na noite de 29 de outubro de 1933, convidados, mais de 80 pequenos empresários do comércio e da indústria se reuniram no Grêmio Recreativo “Nosso Clube”, na Rua Goiás, para constituir uma entidade nos moldes da Associação Comercial de São Paulo.
A pedido de Curiati e com anuência dos presentes, o advogado Adhelmar Ferreira, então promotor público da Comarca de Avaré, presidiu os trabalhos da assembleia de fundação, expôs as metas e pôs em discussão o estatuto, cujo texto original se baseou no adotado pela Associação Comercial de Botucatu.
Por aclamação foi eleita uma diretoria provisória, que teve por presidente Rebouças de Carvalho. Ele ocupou o posto até meados de janeiro de 1934, quando em nova assembleia houve a eleição da primeira diretoria efetiva da Associação Comercial de Avaré, cuja presidência foi assumida pelo cotonicultor Nicanor Garcia, dono de máquinas de algodão instaladas perto da velha estação férrea.
Atualmente é presidida por Cássio Jamil Ferreira, que está em seu sexto mandato frente à Associação. (Colaborou Gesiel Júnior)