Assessor de Bruna Silvestre é o único a receber função gratificada, afirma Ernesto Albuquerque
Da Redação
Os vereadores Ernesto Albuquerque (PT) e Bruna Silvestre (PSB) voltaram a divergir durante a sessão da Câmara realizada na última segunda-feira, 17.
Depois de abordar o caso em que foi acusado de ter retirado um documento da mesa da presidente sem autorização, o petista acabou revelando que Silvestre teria determinado, através de um ato, que só seu assessor recebesse função gratificada.
“Vários casos foram decididos pela Mesa Diretora, somente um não foi: o caso do assessor de Bruna Silvestre, que passou a receber função gratificada por meio de um ato da presidente, que eu não vou entrar no mérito, porque é um bom funcionário. No entanto, foi um ato fixado no átrio desta Casa e não foi publicado no Semanário Oficial. Acontece que nós temos 13 assessores e apenas 1 recebe função gratificada”, destacou.
Para Ernesto, a presidente não poderia ter tomado a decisão sem consultar os demais membros da Mesa Diretora.
“Diz a Lei Orgânica: é papel da Mesa atribuir as funções gratificadas e não do presidente. Vamos obedecer a lei ou não vamos? Artigo 25: é função da Mesa conceder gratificação. Estou fazendo uma emenda a essa lei. É justo que o assessor dela receba, mas há treze assessores e todos têm a mesma função. Não pode ter ato exclusivo da presidência para dar função gratificada, tem que ser ato da Mesa, assinado pelos quatro membros”, explica.
RESPOSTA
Em resposta às declarações do petista, Bruna Silvestre afirmou que pretende tratar “internamente” assuntos relacionados aos trabalhos na Casa de Leis.
“Eu dei uma gratificação para meu assessor porque ele faz mais do que deveria. Quando assumi, eu passei um assessor meu para o Marcelo (Ortega) e eu estou sobrecarregada. Eu saí hoje (segunda-feira) às 17 horas e não tinha almoçado, e ele fica aqui até mais de 2 da tarde sem sair para almoçar. Se for assim, vou ter que passar um assessor do Marcelo para mim. Nada mais justo que eu dê uma gratificação, porque tem dia que não tem motorista aqui. Essas picuinhas eu quero resolver internamente”, finalizou.
Desde o ano passado, ambos vêm divergindo sobre diversos pontos e várias denúncias foram protocoladas na Comissão de Ética.
A última ocorreu na segunda-feira, 10, quando Bruna acusou Ernesto de ter tirado cópia de um documento particular que estava sobre sua mesa no plenário.
O petista se defendeu afirmando que o documento seria apenas um roteiro da Câmara e que a atitude da vereadora seria uma represália, já que o também petista Ditinho da Farmácia havia protocolado uma denúncia contra a presidente na primeira sessão ordinária do ano.