Moradores do Jardim Paraíso reivindicam melhorias em infraestrutura
Da Redação
Moradores do Jardim Paraíso continuam a pedir mais agilidade das autoridades municipais para solucionar os problemas de infraestrutura que atingem o local. Ruas esburacadas, falta de água e muito mato são alguns dos contratempos enfrentados pelos residentes.
De acordo com uma moradora, na semana passada a Prefeitura enviou funcionários e maquinário para tentar dar uma solução às vias sem calçamento. “A máquina passou, mas o pouco que choveu já carregou tudo”, comentou Fernanda da Silva. A falta de calçamento atinge vias transversais do bairro, como as ruas Fernando Antônio Tamassia, Jandira Pereira, Felix Costa de Oliveira, Paulo F. Alves e João Paulo Nogueira.
Todas apresentam buracos e em muitas delas é possível constatar tubulação de água e esgoto à mostra. A mais prejudicada é a Rua João Paulo Nogueira, que dá acesso a um novo conjunto habitacional que vem sendo construído em parceria com o governo estadual. No local uma grande cratera se abriu, gerando riscos a quem utiliza a via. “O maior perigo é para quem não vive aqui, porque os moradores do Paraíso já se acostumaram com esse inferno”, destacou um morador que não quis se identificar.
MAIS PROBLEMAS
Além da impossibilidade de trafegar em alguns trechos do bairro, os moradores precisam conviver com outros problemas como a constante falta de água. Muitos afirmam que é comum ficar sem abastecimento pelo menos uma vez por semana. “A falta de água pode acontecer em qualquer dia e não tem nem um aviso para que a gente possa se preparar de alguma maneira”, comenta a dona de casa Cristiane Martins. A aposentada Maria Aparecida afirmou que a situação vem piorando desde o ano passado. “Parece que todo dia falta água. Quando é mais ou menos 14 ou 15 horas a gente já corre para conferir se tem água na torneira”, revela.
SAÚDE PÚBLICA
A falta de limpeza em terrenos do bairro também é questionada. “Os fiscais da Vigilância Sanitária falam para a gente cuidar dos nossos terrenos, mas e esse mato alto e lixo pelo bairro todo? Quando é obrigação da Prefeitura, eles parecem não se importar”, frisou Cristiane. A moradora se preocupa com possíveis criadouros do mosquito da dengue e outras pragas urbanas como ratos, baratas, escorpiões e aranhas, que segundo suas palavras são encontrados com frequência nas residências. Vazamentos de esgoto também preocupam e segundo os moradores a Sabesp demora de dois a três dias para solucionar o problema. “Eles demoram e nós somos obrigados a conviver com esse cheiro insuportável”, relata. A situação caótica é também motivo de queixa em função da desvalorização dos imóveis. Alguns moradores alegam que sentem vontade de deixar o bairro, mas não encontram compradores nem inquilinos para as casas. “Quando se fala que é no Paraíso, a pessoa perde o interesse ou então quer pagar um preço muito baixo. Aí a gente tem que ficar por aqui e aguentar a situação”, finalizou a dona de casa.
OBRAS
Na sexta-feira, 21, o prefeito Poio Novaes, em entrevista ao Jornal da Interativa, destacou que a obra de drenagem foi paralisada porque a empresa vencedora da licitação pediu aditamento de preço, já que ficou constatado que o serviço seria maior do que o previsto no edital. O prefeito afirmou que o governo de São Paulo liberou o aditamento e na próxima semana representantes da empresa devem assinar o novo contrato. Com isso, as obras no Paraíso devem ser retomadas em breve.