Em 2021 Águas de Santa Bárbara poderá abrir o seu museu, cujas obras foram iniciadas pela Prefeitura Municipal. Por meio de convênio com o governo federal, através do Ministério do Turismo serão investidos R$ 222 mil na restauração e adaptação dos prédios da velha cadeia e da antiga delegacia de polícia.
A propósito, em seu programa de governo publicado no Tribunal Superior Eleitoral, o prefeito Aroldo Caetano já anunciava o empreendimento.
No início de 2020, o vereador e atual presidente da Câmara Irwing Bondar, que se empenhou para que esse projeto cultural vingasse, disse que isso se tornou viável através de emenda parlamentar de autoria do deputado Arnaldo Faria de Sá e que a contrapartida do município no investimento foi estipulada no valor de R$ 4.689,94.
Dos dois prédios a cadeia é a mais antiga, erguida há quase 100 anos. Já a delegacia é do começo da década de 1950. Ambos os imóveis ficam na Rua Francisco Dias Batista, entre as ruas Marechal Rondon e Pedro Dias Batista, no centro.
PROJETOS E DÚVIDAS – O primeiro a projetar a transformação dos prédios em museu foi o arquiteto Silvestre Ragazzo Júnior em 2017, que contou inicialmente com o apoio do prefeito. Contudo, a ideia não avançou e isso desagradou o proponente.
Em janeiro de 2018 o pesquisador Gesiel Júnior e o produtor cultural Guilherme Godoy, sem saber do projeto de Ragazzo, propuseram o restauro das instalações da antiga cadeia a fim de transformá-lo no “Memorial da Estância”.
“Propusemos que a velha cadeia fosse restaurada, pois hoje é o prédio símbolo do pouco que ainda resta do nosso patrimônio cultural”, observaramos dois santa-barbarenses interessados na conservação daquele bem histórico.
Embora tenham ficado satisfeitos com a previsão das obras, ambos questionam para saber a autoria do projeto e cobram informações sobre a empresa encarregada do restauro e querem saber quem vai cuidar da montagem do museu.
“Queremos que esse memorial vire realidade, mas antes será preciso motivar a cooperação dos moradores para a formação do acervo histórico através da doação de peças antigas, documentações e fotografias raras, muitas guardadas em arquivos familiares, mas até agora ninguém fez nada a respeito”, apontam.
Um projeto de lei já está sendo elaborado pelo prefeito Aroldo José Caetano criando oficialmente o museu de Águas de Santa Bárbara e que deverá ser enviado em breve para ao Legislativo para sua aprovação. Os prédios estão passando por uma restauração, conservando suas características originais, mas passarão por adaptações previstas em lei, principalmente na questão de acessibilidade.