O governo de São Paulo anunciou na quarta-feira (5) que vai distribuir cerca de 50 mil cartões alimentação no valor de R$ 100 para famílias de extrema pobreza do estado de São Paulo.
O cartão, segundo o governador João Doria (PSDB), poderá ser utilizado na compra direta de alimentos nos supermercados e garante um aporte de R$ 1 milhão do setor privado no programa de segurança alimentar da população vulnerável do estado durante a pandemia da Covid-19.
Segundo a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social do estado, Célia Parnes, o cartão alimentação está sendo bancado integralmente por empresários do setor privado reunidos na Associação Paulista de Supermercados (Apas). Para as 50 mil famílias contempladas, o cartão substituirá a cesta básica entregue pelo governo estadual mensalmente.
“O pagamento dos cartões será feito integralmente por um comitê empresarial privado, composto de empresas que ajudam ações sociais no estado e não terá nenhuma verba do estado. Nós avaliamos que a entrega desses valores direto às famílias dá mais dignidade e poder de escolha para as mães chefes de família e também possibilita que elas comprem itens que não são contemplados nas cestas básicas, como alimentos frescos como verduras, legumes e frutas”, afirmou a secretária.
Segundo Célia Parnes, as famílias contempladas serão as que apresentam maior vulnerabilidade social de acordo com o Cadastro Único (CadÚnico) de benefícios sociais, ferramenta usada pelo governo do estado, pelas prefeituras e também pelo governo federal.
A distribuição dos cartões já começou a ser feita na terça-feira (3) pelo governador João Doria (PSDB) na Zona Leste de São Paulo. Cerca de 3 mil cartões foram distribuídos, segundo o Palácio dos Bandeirantes.
Na primeira leva, o governo estadual diz que vai distribuir cerca de 10 mil cartões às famílias mais pobres dos 645 municípios do estado. A conclusão da entrega dos 50 mil cartões ainda não tem data prevista pela secretaria, mas, segundo Célia Parnes, a ideia é ampliar o programa para mais pessoas assim que novas doações sejam feitas pela iniciativa privada.
“A ação conjunta dos supermercadistas e empresas com o governo do Estado tem contribuído na mitigação dos efeitos sociais da pandemia, especialmente para os mais fragilizados. É uma parceria muito importante nesse momento de pandemia, e a gente quer que ela seja contínua e ilimitada”, comenta a secretária.
Cestas básicas
Atualmente, o governo estadual distribui cerca de 2 milhões de cestas básicas mensalmente para famílias em situação de vulnerabilidade. No mês em que receberem o cartão, as 50 mil famílias não irão receber a cesta física fechada, informou a secretaria.
Coordenado pela Apas, o benefício pode ser usado várias vezes em supermercados diferentes, até que todo o valor seja finalizado.
A produção e o envio dos cartões ficarão sob responsabilidade das bandeiras Alelo, Ticket e Sodexo, conforme acordado assinado com a Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT). As operadoras também prestarão assistência aos usuários no esclarecimento de dúvidas sobre saldo e extrato através de telefone impresso no verso, segundo o Palácio dos Bandeirantes.
Os cartões serão destinados à compra exclusiva de alimentos e itens de primeira necessidade, sendo vedada a compra de bebidas alcóolicas e produtos derivados do tabaco, como acontece com os cartões alimentação distribuídos por empresas privadas aos empregados.
FONTE: G1