AcontecendoPesquisador sugere campanha para formar acervo do futuro museu de Águas de Santa Bárbara

Obras iniciadas em março devem ficar prontas em setembro
A Comarca18 de julho de 20216 min

Orçadas em R$ 227 mil, as obras para reforma dos prédios da antiga cadeia pública e delegacia de polícia de Águas de Santa Bárbara vão prosseguir até setembro, conforme cronograma estabelecido pelo Ministério do Turismo, Caixa Econômica Federal e Prefeitura local.  Entretanto, um ponto está ainda em aberto: a falta de acervo do futuro espaço a ser instalado no local, o que motivou o pesquisador Gesiel Júnior a propor a elaboração de uma campanha, pelo setor cultural, para motivar a doação de peças, documentos e fotografias históricas destinados ao museu ainda em fase de montagem.

“O objetivo dessa ação é captar documentos e coleções pessoais de personagens ligados à história santa-barbarense, que serão incorporados ao acervo do futuro ‘Memorial da Estância’, que, por sua vez, será responsável por sua guarda em caráter permanente e preservação. Podem ser doados, por exemplo, correspondências, livros, relatórios, diplomas, carteiras de identificação, álbuns, mapas, fitas de videocassete, digitais, entre outros. Com a implementação desse trabalho, o novo museu obterá novas fontes documentais para a pesquisa sobre as origens de Águas de Santa Bárbara”, explicou o cronista santa-barbarense, autor do livro “Santa Bárbara, seu monge e sua igreja”, o primeiro a relatar a história da cidade, fundada em meados do século dezenove.

Gesiel, que atualmente trabalha no Museu Municipal “Anita Ferreira De Maria”, de Avaré, já contatou alguns vereadores sugerindo que a Câmara encabece essa campanha. “Daqui a pouco tempo o museu ficará pronto, mas nada terá para exibir. Por isso o ideal seria formar uma comissão de educadores voluntários para motivar as pessoas a colaborarem com a doação de material de cunho histórico”, observou, citando os professores Celso Franco e Sônia Silvério, os quais são autores de estudos e poderiam cooperar nessa iniciativa.

Recentemente aprovado pela Câmara, o projeto de lei do prefeito Aroldo Caetano que criou o “Museu Memorial da Estância” define que o imóvel da velha Cadeia “será destinado a preservar e a promover junto à comunidade os suportes materiais da memória e do patrimônio cultural imaterial da cidade, constituído basicamente por objetos, imagens, documentos e outros bens de interesse histórico, conforme foi o sonho de vários munícipes”.

“Agora é hora de a Prefeitura e a Câmara se unirem para iniciar essa campanha para concretamente resgatar e valorizar as próprias raízes”, recomendou o pesquisador santa-barbarense.

MANIFESTO DO LEGISLATIVO – O assunto motivou o atual presidente da Câmara da estância, vereador Irwing César Bondar (Republicanos) a elaborar um projeto de lei que tenha como objetivo criar de forma oficial a campanha de arrecadação, a fim de que ela ocorra de forma espontânea, sem custos aos cofres públicos.

“Através de parcerias com a iniciativa privada, a campanha ganharia as mídias conscientizando a população santabarbarense a colaborar com a formação do museu, doando artefatos antigos que muitas vezes estão armazenados e esquecidos em algum lugar da casa. Fotografias, móveis, documentos, objetos, enfim, com a participação de todos logo a cidade contará com mais uma atração turística”, falou o vereador Irwing que pretende levar a ideia ao prefeito e possivelmente apresentar o projeto na volta do recesso.

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