Com a retirada do Terminal Urbano de Ônibus que resistiu por cerca de duas décadas na Avenida Major Rangel, a prefeitura tem planos para implantar pontos com coberturas em ambos os lados da via. Isso porque os usuários do transporte público continuam fazendo do local o ponto central de embarque e desembarque, já que o “novo terminal” fica a quase 1000 metros de distância, junto à rodoviária.
Considerado por muitos como um “caixotão” que tirava toda beleza estética da Avenida Major Rangel, o terminal urbano de ônibus foi construído na gestão do prefeito Wagner Bruno (2001/2004). Ao longo de 20 anos o local serviu de ponto central de embarque e desembarque de ônibus circular, e por diversas vezes foi cogitada a sua demolição, mas por ser considerado útil pelos usuários as gestões municipais acharam por bem conservar o local.
Agora, com a sua demolição concluída, a reportagem do Jornal A Comarca apurou que a prefeitura pretende instalar pontos com coberturas em ambos os lados da Avenida Major Rangel. Para tanto, deve executar um projeto antigo que já havia sido anunciado e divulgado para substituir o terminal, elaborado pelo Conselho Municipal do Plano Diretor em meados de 2012.
Os pontos serão instalados em ambos os lados da avenida, justamente no local onde estava o terminal, pois nesse ponto a largura da via permite que o trânsito de ônibus seja desviado para próximo das calçadas. Com isso o fluxo de veículos seguirá normalmente pela avenida, conforme mostram as imagens do projeto enviadas à redação do jornal pelo vereador Leonardo Pires Rípoli (PTB).
Segundo o vereador, vários usuários o procuraram para pedir que a prefeitura providencie a instalação de pontos com cobertura naquele local. “Estive em contato com a Secretaria Municipal de Planejamento e Transporte, onde obtive essas imagens do projeto, e fiquei sabendo que ele pode sofrer alterações, mas a prefeitura já está cotando os pontos e isso pode demorar ainda uns 60 dias”, disse Léo Rípoli.
EX-PREFEITO COMENTA – O ex-prefeito Wagner Bruno, que idealizou o terminal em sua gestão, falou à reportagem do Jornal A Comarca sobre o assunto. “Aproveitando, só acrescento que o terminal foi construído na época no ponto mais próximo do centro da cidade, e onde havia disponibilidade, pois se tratava de cláusula na concessão do serviço de transporte urbano”.
O ex-prefeito também falou que no seu governo, em 2003, a Viação Vale do Paranapanema Ltda implantou o Bilhete de Integração sem lei para tal. “Foi um teste e acabou ficando graças à boa vontade do saudoso senhor Geremias Maldonado, seu proprietário. Depois disso, em 2005, entrou a Rápido Luxo Campinas e acabou com o bilhete de integração”, destacou o ex-prefeito.
Wagner Bruno também falou que “hoje, haveria a possibilidade de construir um novo terminal, próximo daquele, distante cerca de 200 metros. Basta observar ao longo da Avenida Major Rangel uma empresa que fechou as portas. A prefeitura poderia mostrar interesse em negociar a área, próximo do Poupatempo. É uma questão de visão global da cidade. Aí sim derrubar o que estava funcionando e aprovado pelo verdadeiro interessado, que usa o coletivo”, opinou o ex-prefeito.