Logo no início da semana útil, a reportagem do jornal A Comarca foi alertada pela direção do Centro de Educação Infantil Carolina Puzziello, no Jardim Paineiras, quanto a um ataque sofrido pela unidade. Conforme relatos, alguém atirou uma pedra contra as dependências da escola, fato ocorrido na sexta-feira, dia 4 de novembro.
A situação foi narrada em um post feito nas redes sociais por Celso Melo de Oliveira, diretora da unidade. “Nós estamos aqui, na nossa escola, que fica entre as rodovias (SP-255 e SP-245, respectivamente João Mellão e Salim Antonio Curiati). Alguém passou pela nossa escola e atirou uma pedra. Atirou uma pedra na creche, gente”, destacou ela no vídeo.
A pedra acertou a porta da unidade, tirando uma lasca da estrutura. “As nossas crianças, nesse momento, estavam tomando seus lanchinhos. Havia mais de 40 crianças no refeitório. Estamos trabalhando com as janelas fechadas por medo de mais ataques. (Não sabemos) se é pela diretora ser trans, se é pela motivação política… Nós não sabemos. Todos nós somos seres políticos, todos nós lutamos por um Brasil de igualdade, de equidade entre todas as pessoas. Não se pode chegar a esse extremismo de fazer ataques a escolas, de fazer ataques a nossas crianças”, frisou ela, destacando as possíveis motivações para o ataque.
“Atacar um centro de educação infantil? Essa pedra, se acertasse uma criança, poderia trazer sérias consequências para a vida dela. Infelizmente, nós trabalhamos com receio; nós já estávamos vivendo um período de medo e agora, isso. Isso é triste para a gente, que busca educação de qualidade”, destacou ela, afirmando que as responsabilidades serão apuradas com a análise das imagens coletadas pelas câmeras de segurança do local. “Vamos buscar os possíveis responsáveis, os possíveis mandantes. Aqui é numa instituição escolar em que nós trabalhamos com qualidade em busca da equidade. Esse é o nosso maior objetivo. Atacar um centro de educação infantil é inadmissível”, disse ela, pedindo às autoridades que ajudem a investigar o ato, que a diretora classificou de ‘crime’. “É um atentado às nossas crianças, é um atentado ao nosso Estado Democrático de Direito”, finalizou ela.
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