A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (5), uma operação para desarticular um esquema milionário de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro de um grupo criminoso suspeito de movimentar R$ 170 milhões em todo o Brasil em apenas três anos. Somente no DF, foram movimentados R$ 4 milhões. Esta é a a 2ª fase da Operação Il Padrino. Os criminosos utilizavam laranjas e empresas de fachada.
Foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal (15 mandados) e nas cidades de Sorocaba/SP, São Paulo/SP, Avaré/SP, Pau dos Ferros/RN, Arapiraca/AL e Salvador/BA. Também houve o bloqueio e sequestro de valores de contas bancárias pertencentes a 12 empresas e 21 pessoas físicas, todas implicadas em um esquema milionário de lavagem de dinheiro.
Nesse desdobramento, os investigadores dedicaram-se a seguir o rastro do dinheiro, mapeando as movimentações financeiras para decifrar sua origem e destino.
Foi descoberto que um dos principais operadores financeiros da organização criminosa, liderada por um homem conhecido como “Inseto” ou “Padrinho”, utilizou-se de 12 empresas fantasmas, entre 2020 e 2023. Essas empresas de fachada serviam para a lavagem de dinheiro e para a aquisição de droga nas regiões de fronteira entre o Brasil e a Bolívia.
Os criminosos também cooptavam cidadãos comuns, transformando-os em laranjas do esquema ilícito. Essas pessoas eram instruídas a comparecer a determinadas agências bancárias, onde recebiam grandes quantias, variando entre R$ 20 mil e R$ 150 mil. Esses montantes eram posteriormente depositados (na boca do caixa), nas contas dessas empresas de fachada.
Ainda segundo a polícia, essas empresas de fachada foram formalmente registradas em diversas cidades, incluindo São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Avaré/SP, Goiânia/GO, Anápolis/GO e Mossoró/RN.
De 2021 a maio de 2023, essas empresas receberam aproximadamente R$ 4 milhões provenientes dessa organização criminosa localizada no Distrito Federal. As mesmas empresas serviam a um gigantesco esquema nacional de lavagem de dinheiro e movimentaram cerca de R$ 170 milhões entre 2020 e 2023. Esse montante tem origem nos tentáculos do crime organizado espalhados por todo o país. Com informações do site Mais Brasília.