Problemas com trânsito na praia geram temor entre moradores
Da Redação
Moradores da beira da Represa relatam que a tranquilidade do local chega ao fim sempre que o verão se aproxima, pois ano após ano aumenta o número de veículos que utilizam a faixa de areia na beira da praia da Represa de Jurumirim.
Segundo eles, devido à falta de fiscalização, corridas e até “rachas” ocorrem em determinados trechos, colocando em risco a segurança dos frequentadores.
Para o dono de uma propriedade que fica de frente para o trecho da Represa em Avaré, há casos inclusive de invasões provocadas por esses motoristas. “A faixa de terra na frente da minha casa é estreita e protegida por uma cerca. Mas, para poder passar, esse pessoal vem e derruba a cerca. Já até ameaçaram meu caseiro. A gente não pode mais frequentar a beira da praia, porque eles vêm de moto, de buggy, passavam de 3 ou 4 em cima do quadriciclo, bebendo, fazendo barulho e ofendendo a gente. Isso é caso de polícia. Será que vão esperar alguém morrer atropelado ou ser agredido para que se tomem providências?”, reclama.
AGRAVANTES – Ele disse que alguns desses veículos seriam alugados. “Parece que tem uma empresa que aluga buggy e quadriciclo, mas será que tem controle? Será que exigem habilitação? E como estão as condições desses veículos? Têm seguro? É muito complicada toda essa situação e precisamos que as autoridades se posicionem”.
Segundo outro morador ouvido pela Comarca que possui uma propriedade em um condomínio do lado de Itaí, a cada ano o problema se agrava. “Não tem fiscalização. Isso aqui vira terra de ninguém. Todo ano nós moradores denunciamos na Polícia, mas ninguém faz nada. Teve um vizinho que se enfureceu com uma caminhonete que fazia som alto na frente da sua casa, na areia. Ele pediu pro dono do carro baixar o som, foi ofendido e aí ele pegou um trator e empurrou a caminhonete pra dentro da água…já pensou se tivesse saído morte?”.
Além do som alto, alguns veículos andam com o escapamento aberto, provocando enorme barulho. “Tenho vizinhos que já se mudaram daqui, não aguentam a bagunça. Sei também de alguns hotéis e pousadas que perderam hóspedes por causa dessa situação. Não sei se cabe à Prefeitura, ou à Polícia Militar, mas é preciso que seja feita alguma coisa, antes que algo de mais grave ocorra”, alerta.