AcontecendoDescarte de cacos de vidro se converte em problema ambiental em Avaré

A Comarca2 de dezembro de 20146 min

Descarte de cacos de vidro se converte em problema ambiental em Avaré

Da Redação

O vidraceiro Queiroz exibe restos da produção: “descartar o material sem critério representa um prejuízo para o meio ambiente”, diz o empresário
O vidraceiro Queiroz exibe restos da produção: “descartar o material sem critério representa um prejuízo para o meio ambiente”, diz o empresário

Vidraçarias de Avaré vêm enfrentando um problema comum na hora de descartar restos da produção: a falta de um local adequado para destinar fragmentos de vidro que não têm mais condições de uso.

É o que aponta um levantamento feito pela Comarca junto a empresários do setor.

Considerado um artigo perigoso, cacos de vidro podem apresentar riscos se acondicionados ou descartados de maneira inadequada, além de danos ao Meio Ambiente.

No entanto, sem opções para dar um destino adequado ao material, a maioria dos vidraceiros se vê obrigada a dispensar a sobra através de caçambas alugadas.

O assunto foi abordado pelo vereador Francisco Barreto (PT) na sessão legislativa de segunda-feira, 24. O tema já havia sido levantado pelo petista em requerimento aprovado em maio. “No entanto, não fiquei contente com a resposta porque o problema não vai ser resolvido. Estão querendo transferir a coleta para os catadores de reciclagem. Eles não têm a estrutura para receber o material, já que o volume é grande”, analisou.

Barreto demonstrou preocupação com o destino do material descartado depois que um empresário do ramo confirmou que a prática comum no meio é alugar uma caçamba para levar o material.

“Mas para onde isso é levado? Onde é jogado? Isso me causou estranheza. É por isso que eu peço empenho nessa parte”, apontou o petista, para quem a Secretaria de Meio Ambiente deveria disponibilizar um contêiner em um ponto pré-determinado para que empresários pudessem descartar o material com segurança.

A informação foi confirmada à Comarca pelo empresário Henrique Hirata, que despacha material não aproveitável utilizando o serviço de caçambas. “Enquanto ainda não há entulho para encher uma caçamba, esse material fica ocupando espaço físico da loja. Porém, é um artigo perigo. Seria importante que a Prefeitura disponibilizasse um local específico para recolhê-lo”, analisa.

O empresário Reginaldo Queiroz concorda com a afirmação. Para ele, além de um local específico, há a necessidade de que uma empresa especializada recolha o material. “Além de risco para o lixeiro, jogar esse material sem critério representa um prejuízo para o meio ambiente”, aponta.

A questão ambiental também é ressaltada pelo empresário José Carlos Garcia, que prefere evitar o acúmulo e descartar o material aos poucos. “O caco é um problema sério. A solução é a Prefeitura disponibilizar um ponto específico mesmo”, endossa.

A Secretaria de Meio Ambiente foi procurada para se manifestar sobre o tema. Até o fechamento da edição, no entanto, nenhuma resposta foi enviada.

 

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