Alagamentos continuam trazendo transtorno à população de Avaré
Da Redação
O temporal que atingiu Avaré no último domingo, 19 de abril, voltou a alagar diversos pontos da cidade.
Indignados com a situação, muitos moradores recorreram às redes sociais. Para quem vive em áreas que comumente inundam, a falta de investimento em obras de contenção de águas pluviais é a grande causa dos alagamentos. “Entra governo e sai governo e nunca fizeram nada”, comentou uma internauta.
Moradores também criticaram o atual governo. Um internauta disse que “o problema de Avaré é que tem muitos só mandando, mas na hora de fazer, não tem ninguém. Tudo fica só na conversa e nos impostos que nos pagamos. Isto é uma vergonha”.
Usuários da rede social reivindicaram investimento para a construção de galerias, como o que ocorreu no Largo do Mercado há cerca de 20 anos. As obras foram feitas na gestão do ex-prefeito Miguel Paulucci e solucionaram o problema causado pelas enchentes nos arredores.
Internautas também apontaram supostas falhas de organização no crescimento de Avaré. “Nunca haverá boca de lobo para escoar essa água. Vocês repararam que a Rua Maranhão fica no fim de muitas descidas, lado esquerdo e direito? Muitas obras talvez sem engenharia e com toda certeza o zelo com meio ambiente é zero?”. Outros chegaram a culpar a própria população, afirmando que se os avareenses não jogassem tanto lixo nas ruas, as enchentes não seriam tão frequentes.
PROBLEMA RECORRENTE – As enchentes atingem principalmente as ruas Alagoas, Lineu Prestes, Rio Grande do Norte, Maranhão, Goiás, Felix Fagundes, Major Rangel e Distrito Federal.
A maioria das vias atingidas está localizada próxima ao Rio Lajeado, que acaba transbordando por não suportar o volume de água. Como promessa de resolver o problema, governos anteriores chegaram a desapropriar áreas para a construção de piscinões e galerias. No entanto, nenhum projeto foi levado adiante.
OUTRO LADO – A Secretaria de Comunicação informou que o prefeito Poio Novaes solicitou junto ao ministro das Cidades, Gilberto Kassab, um projeto de macrodrenagem para o município orçado em R$ 60 milhões.
Por se tratar de uma obra com um valor alto, Poio pediu que as secretarias municipais de Planejamento e Obras montem projetos em separado. Na avaliação do Executivo, o fracionamento dos recursos facilitaria o envio de verbas ao município.