Após dois anos, programa Praia Acessível é implantado em Avaré
Da Redação
Conquistado em 2012 na gestão do ex-prefeito Rogélio Barcheti,o programa Praia Acessível – iniciativa que garante acesso de pessoas portadoras de necessidades especiais a cadeiras de rodas projetadas para se movimentar no leito da represa, e até dentro da água – finalmente será implantado em Avaré.
O programa foi alvo de reportagem exclusiva da Comarca no ano passado, que denunciou o abandono das cadeiras em um barracão na Garagem Municipal, além da não implementação da iniciativa, resultado de convênio com o Governo do Estado.
De acordo com a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, o projeto será realizado no dia 2 de março, domingo, a partir das 9 horas, nas águas da Represa Jurumirim. Graças a essas cadeiras especiais, pessoas portadoras de necessidades especiais poderão entrar na água sem risco.
POLÊMICA
A Comarca abordou o assunto em junho de 2013, quando a secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência Sandra Ribeiro Rosa Antonio e o secretário de Turismo Fernando Alonso, declararam que a demora na instalação do programa estava relacionada com a necessidade de adequação do Camping Municipal para receber as cadeiras.
Sandra disse na época que os equipamentos não seriam apropriados para utilização nas águas lodosas da represa e, para evitar atolamento, adequações precisariam ser feitas na área, o que seria de responsabilidade do Turismo. Pouco tempo depois, ambos afirmaram que o programa não precisaria de um projeto específico e nem de adequação – mas um ano se passou, literalmente, sem que o projeto saísse do papel.
DECLARAÇÃO
Nessa semana, em nota oficial, a Secretaria de Comunicação confirmou o início do programa. Na quinta-feira, 27, a secretária Sandra Ribeiro deu uma declaração extraoficial à Comarca, alegando que a instalação do programa foi possível graças à colocação de rampas de madeira na Represa, afirmando também que a construção dos novos banheiros facilitou a instalação do projeto. Ela também negou que as cadeiras estavam abandonadas. “Na verdade estavam ‘guardadas’ na Garagem Municipal, pois não podiam ficar na sede da Secretaria por uma questão de espaço”, disse.