Ativista recolhe assinaturas para projeto nacional contra a corrupção
Da Redação
A ativista Valéria Hungria, que integra o Movimento Acorda Brasil Núcleo Paraná, está recolhendo assinaturas em apoio ao projeto proposto pelo Ministério Público Federal (MPF) que prevê 10 medidas contra a corrupção.
Valéria, que nasceu em Avaré e atualmente vive em Curitiba, veio para a cidade especialmente para colher assinaturas para o projeto, destaca o apartidarismo da ação. “Não temos partido e não contamos com apoio financeiro de empresários ou instituições. Nosso objetivo é fazer algo para melhorar nosso país”, comenta.
A ativista, que está entre os manifestantes que recebem os presos pela Polícia Federal em Curitiba, frisa o apoio do movimento ao Ministério Público e a Polícia Federal. “Além de lutar contra a corrupção, nós somos um grupo que acredita no que o MP e a PF estão fazendo. Eles tem nosso apoio”.
Durante sua visita a redação da Comarca, Valéria fez um convite aos avareenses. “Vamos assinar, vamos abraçar essa causa. Não é um projeto meu, ou do movimento Acorda Brasil, é um projeto do Ministério Público Federal”, finaliza.
A ativista estará em Avaré até o dia 9 de setembro, e interessados em dar apoio ao projeto “10 medidas contra a corrupção” pode assinar a lista de apoiamento neste sábado, 5, no Santuário Nossa Senhora das Dores, a partir das 11 da manhã.
A convite do jornalista Wilson Ogunhê, que também marcou presença no encontro, Valéria estará no Jornal da Interativa, na próxima terça-feira, onde falará mais sobre o projeto e demais pontos de coleta de assinaturas.
DEZ MEDIDAS – O projeto produzido pelo MP, que pode ser acessado pelo site 10 Medidas do Ministério Público, visa combater a corrupção e a impunidade com 10 medidas, sendo elas:
1.Tornar crime o enriquecimento ilícito de agentes públicos.
2. Tornar crime o caixa 2 eleitoral e responsabilizar os partidos cujos candidatos cometerem essa prática.
3. Reformar a legislação sobre prescrição de penas, para evitar a impunidade.
4. Mudar as leis para evitar que os recursos judiciais sejam utilizados para atrasar o cumprimento das penas.
5. Criar a possibilidade de decretar prisão preventiva daquela pessoa suspeita de enriquecer ilicitamente que possa estar gastando o dinheiro público.
6. Criar regras de eficiência para o Ministério Público e para a Justiça, estabelecendo que um processo possa tramitar no máximo dois anos na primeira instância e um ano nas demais instâncias judiciais.
7. Aumentar as penas e tornar crime hediondo a prática de corrupção que envolve altas quantias de dinheiro.
8. Criar regras para dar mais rapidez aos processos de improbidade administrativa.
9. Restringir as possibilidades de a defesa pedir a nulidade de processos.
10. Ampliar as possibilidades de confisco de bens de pessoas que praticaram a corrupção.