AcontecendoDestaqueAvaré registra quase 100 ocorrências de incêndio em vegetação em menos de dois meses

Comando do Corpo de Bombeiros informa que maior incidência ocorre nos finais de semana, geralmente aos domingos
A Comarca24 de agosto de 20217 min

Os registros de incêndios em vegetação subiram 8,4% no estado de São Paulo neste ano, impulsionados com 7.063 casos em julho, segundo o Corpo de Bombeiros. A estiagem e o tempo seco, típicos do inverno, podem contribuir para eventuais altas de casos, acrescentou a corporação.

Em Avaré, de acordo com a comandante do Grupamento de Bombeiros, Tenente Olívia Perrone Cazo, entre 30 de junho até a data de quinta-feira, dia 19 de agosto foram registradas 97 ocorrências de incêndio em vegetação. “A maior incidência é aos domingos, geralmente ocorre após o horário de almoço, a partir das 12 horas”, salientou.

NO ESTADO – Entre janeiro e julho do ano passado foram atendidos 20.224 incêndios em vegetação no Estado de São Paulo, ante 21.923 no mesmo período deste ano. Em agosto, entre os dias 1º e 10, foram registradas 3.327 ocorrências do tipo, representando quase 14 por hora.

O mês passado, no qual foram registrados 7.063 incêndios em vegetação, ajudou a alavancar os números de 2021. No mesmo mês do ano passado, ocorreram ao menos 4.633 ocorrências do tipo, representando alta de 52,4%.

LEI EM AVARÉ – Em Avaré existe a Lei Municipal nº 879 de agosto de 2006, da gestão do prefeito Joselyr Benedito Silvestre, que rege sobre a proibição de queimadas em lotes urbanos, seja para limpeza bem como incineração de lixo doméstico. A multa para quem transgredir a lei é de 200 UFMA, a Unidade Fiscal do Município de Avaré, hoje taxada em R$ 3,63.

Também existe a Lei Municipal nº 1089 de 24 de junho de 2008, que proíbe a utilização de fogo em lavouras, responsabilizando o infrator com penalidades.

RECLAMAÇÕES – É grande o número de internautas em redes sociais reclamando de incêndios em terrenos e da fumaça que incomoda e invade residências na cidade de Avaré, principalmente nos fins de tarde.

Em abril deste ano a Secretaria Municipal de Meio Ambiente passou a intensificar as ações de fiscalização ambiental relacionadas às queimadas nas áreas urbana e rural de Avaré. A equipe de fiscais da pasta é a responsável por atender denúncias da população e aplicar as leis citadas.

Denúncias podem ser feitas pelo telefone (14) 3732-1225 ou pelo e-mail institucional [email protected]. “É de suma importância o trabalho da população em conjunto com os agentes fiscais para o controle de queimadas no município”, explica o secretário Judésio Borges.

Mais de 300 mil metros quadrados de áreas destruídas em dois incêndios na região

Conforme duas ocorrências informadas à redação do Jornal A Comarca ao longo da semana, dois grandes incêndios registrados na região culminaram na destruição de mais de 300 mil metros quadrados de áreas de vegetação.

Em Taquarituba, no último dia 10, um incêndio devastou uma área de 250 mil metros quadrados, o que corresponde a cerca de 25 campos de futebol. Já em Itaí, às margens da Rodovia Raposo Tavares, na noite de quarta-feira, o fogo consumiu um pasto de cerca de 50 mil metros quadrados.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo começou por volta das 23h e se estendeu até umas 3h00 da madrugada de quinta, quando foi controlado. O Sargento Monteiro, comandante do grupamento de Itaí, disse que o incêndio pode ter sido provocado, provavelmente, por bituca de cigarro jogado na beira da pista que se estendeu pela pastagem.

LEVANTAMENTO INÉDITO – Pesquisadores divulgaram na segunda-feira (16) um dos estudos mais completos sobre a destruição causada pelas queimadas no Brasil. O levantamento inédito é da ONG MapBiomas. Por um ano e meio, pesquisadores estudaram mais de 150 mil imagens de satélites, analisando dados de 1985 a 2020.

Somada, a área queimada no país neste período é superior a 1,6 milhão de quilômetros quadrados, o que corresponde a quase 20% do território brasileiro. O Cerrado e a Floresta Amazônica concentraram 85% da área atingida pelo fogo. Outro dado preocupante mostra que mais da metade dos incêndios ocorreram em áreas de vegetação nativa.

 

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