AcontecendoCheque sem fundo da Prefeitura gera polêmica na Câmara

A Comarca3 de março de 20157 min

Cheque sem fundo da Prefeitura gera polêmica na Câmara

Vereador Denilson Ziroldo apresentou um cheque de pagamento de uma funcionária pública de R$ 315 que estava sem fundos; para Ernesto Albuquerque fato não seria motivo de escandalização

Cheque sem fundos de R$ 315 emitido pela Prefeitura de Avaré

 

Da Redação

 

Um cheque sem fundos de R$ 315 emitido pela Prefeitura de Avaré gerou enorme polêmica entre os vereadores durante a sessão da Câmara Municipal realizada na segunda-feira, dia 23.

A denúncia foi feita durante a Palavra Livre pelo presidente do Legislativo Denilson Ziroldo. Segundo ele, o fato ocorreu no dia 20 de fevereiro, uma sexta-feira. O parlamentar se disse indignado com a situação e aproveitou para criticar a Prefeitura. “O funcionário já recebe um vale-alimentação irrisório e quando vai descontar seu salário na boca do caixa, está sem fundo. O cheque de um trabalhador que recebeu dia 4 (de fevereiro), esperou um pouco para pagar suas contas e quando foi descontar seu cheque no dia 20, recebeu a informação do caixa que não tinha fundos. Ela foi orientada a voltar mais tarde e novamente a conta estava sem dinheiro, uma hora depois o mesmo problema”, disse.

SEM DINHEIRO – Ziroldo disse que foi pessoalmente na agência do Banco do Brasil e constatou o problema. “Às 14:30 horas eu foi ao banco e verifiquei o problema. Um cheque de R$ 315 do dia 4 de fevereiro para ser descontado no dia 20 às 14:45 minutos. Se foi dado o cheque no dia 4, o dinheiro é provisionado, é do trabalhador, e esse dinheiro não poderia ter sido tirado da conta e acabaram usando esse dinheiro para outra finalidade. O trabalhador foi buscar o seu dinheiro e não tinha”.

Durante seu discurso ele chegou a cutucar os vereadores do PT. Ele chegou a responsabilizar o prefeito Poio Novaes e o secretário da Fazenda, Waldir Rodrigues pela “falha”. “É direito do Partido dos Trabalhadores (PT) estarem comigo nesta empreitada. Não é responsabilidade direta do prefeito (Poio Novaes), mas é indireta, ele sim é responsável. O dinheiro deveria ter ficado na conta no mínimo, segundo entendidos, por 30 dias, para que o trabalhador pudesse retirar e fazer o que quisesse com esse dinheiro. O prefeito não poderia ter limpado a conta, seu secretário (da Fazenda Waldir Rodrigues) não poderia ter usado esse dinheiro. É responsabilidade do secretário”.

RESPOSTA – A vereadora Rosângela Paulucci, líder do governo na Câmara, afirmou que a Prefeitura tinha cerca de R$ 20 mil na mesma conta do cheque que foi emitido para a servidora. “Quando o Denilson (Ziroldo) disse que foi ao banco, percebam que neste mesmo dia a Prefeitura tinha sim que ter saldo nesta conta porque o pagamento do pedágio também foi feito nesta conta e a Prefeitura encerrou neste mesmo dia (20 de fevereiro) com um saldo de quase R$ 20 mil. É um direito da funcionária sim, quem fica com o dinheiro guardado do dia 4 ao dia 20, algum problema (pessoal) teve e não vou entrar neste mérito, mas a sua presença no banco, Denilson, para ver se tinha saldo ou não tinha nós já sabíamos e inclusive sobre a transação deste cheque”.

Já para o petista Ernesto Albuquerque, não haveria motivos para que o presidente da Câmara se escandalizasse com o ocorrido. “Não há motivo algum para a escandalização, porque neste mesmo dia houve a compensação do cheque e o nobre vereador escandaliza o fato. Estranho o banco também de uma cidade com mais de R$ 330 milhões no orçamento sequer ligar (para a Prefeitura) e informar sobre o fato, mas certamente o gerente não ficou sabendo com uma atitude isolada do caixa”, finalizou.

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