Contratação de Barcheti gera CP contra prefeito de Itapetininga
Da Redação
A Câmara Municipal de Itapetininga aprovou na noite da última segunda-feira, dia 5, a instauração de uma Comissão Processante (CP) para investigar denúncias contra o prefeito Luís Di Fiori por infrações político-administrativas. O documento de denúncia, que foi lido durante a sessão ordinária, pede a cassação do prefeito. Nele são apontadas três irregularidades que teriam sido cometidas ou favorecidas pela Prefeitura e representantes do Poder Executivo. As denúncias foram protocoladas por uma moradora da cidade.
Uma das denúncias diz respeito à nomeação do secretário de Promoção Social e ex-prefeito de Avaré, Rogélio Barcheti, que responde a processos junto à Justiça Eleitoral. O atual secretário foi prefeito de Avaré entre os anos de 2009 a 2012. Neste período, segundo a Justiça, ele teria cometido irregularidades que se caracterizaram como improbidade administrativa, entre elas, licitações irregulares.
Em abril de 2013 ele teria sido condenado pelo Tribunal de Justiça com a suspensão dos direitos políticos por cinco anos. Como cabe recurso ao processo, o político recorreu e aguarda decisão da Justiça.
OUTROS PONTOS
Outro ponto abordado na denúncia é em relação à utilização de espaço público para evento particular. De acordo com o documento apresentado à Câmara, entre os dias 30 e 31 de maio e 1º de junho, o ginásio municipal Ayrton Senna foi utilizado para uma festa privada. O espaço público foi cedido sob a responsabilidade de uma empresa particular sem nenhum processo licitatório.
Além disso, o sócio e administrador da empresa é o assessor Celso Simões de Almeida Filho, que responde como funcionário nomeado no gabinete do prefeito e ocupa o cargo em comissão na Secretaria de Comunicação. De acordo com a denúncia, o prefeito favoreceu sem critérios uma empresa ou alguém individualmente, lesando o governo.
O terceiro ponto ressaltado é o abuso de poder do secretário de Obras, Amadeu Zanolli. Segundo o documento, Zanolli teria se utilizado da influência junto ao Departamento de Engenharia da Prefeitura para aprovar projeto de obras de ampliação na casa dele em desacordo com o projeto técnico apresentado e com parecer do agente de fiscalização apontando irregularidades. Além disso, segundo o documento, no terreno existe uma edícula de aproximadamente 66 metros quadrados que não consta no cadastro do município para fins de tributação.