Eduvale cria projeto de estudo sobre o mosquito Aedes aegypti
Da Redação
Professores e alunos do curso de Ciências Biológicas da Faculdade Eduvale de Avaré iniciaram um projeto de estudo sobre o mosquito Aedes aegypti.
Anteriormente conhecido apenas por ser o transmissor da Dengue, o inseto vem sendo destaque na mídia por também ser o vetor responsável pelo Zika Vírus e pela febre Chikungunya, além de aparentemente ter relação com os casos de microcefalia em bebês no Brasil e em outros países.
O primeiro passo teve início na quinta-feira, 11, com a montagem das armadilhas caseiras elaboradas com materiais de baixo custo, como garrafas PET, microtule, grãos de alpiste ou arroz, fita isolante e água para atrair insetos fêmeas.
As peças foram espalhadas por todo o campus da faculdade e serão monitoradas diariamente pelos futuros biólogos, uma vez que os mosquitos se tornam adultos em 48 horas e precisam de sangue humano para se fortalecer e reproduzir.
A segunda etapa do projeto é identificar os focos de maior incidência, já que outros tipos de insetos ou animais podem se aproveitar do ambiente das armadilhas. Os resultados e relatórios serão produzidos na sequência. A previsão é que as pesquisas estejam finalizadas até o final de abril.
MULTIPLICADORES – Além de identificar os locais de maior infestação, estudar o transmissor e estimular a prevenção, o intuito é que os universitários do curso de Ciências Biológicas envolvidos neste projeto sejam multiplicadores e disseminem a ideia para estudantes de outros cursos, assim como na cidade de Avaré e região.
De acordo com Ligia Corazza, bióloga e coordenadora do curso, nesse primeiro passo os alunos aprenderão toda a biologia e o ciclo de vida do mosquito. A intenção é conciliar diferentes disciplinas e conceitos microbiológicos e parasitológicos, discutir questões relacionadas ao ambiente, estudar os sintomas das doenças, o motivo das dores ocasionadas pelo Zika ou pela Febre acontecerem em determinadas regiões do corpo humano, além da relação entre o inseto e o homem e o trabalho dos biólogos em órgãos como a Vigilância Sanitária.