Entrega do Residencial Mario Bannwart deve ocorrer em setembro
Da Redação
Devido ao problema com documentação e a falta de alguns detalhes para que as obras sejam concluídas, os moradores do Residencial Mario Emílio Bannwart, em Avaré, ainda não receberam os imóveis. Assim, a entrega das unidades habitacionais deverá ficar somente para setembro.
Por conta do atraso da entrega, prevista para 26 de junho, futuros beneficiários entraram em contato com a Comarca para reclamar do fato.
A reportagem foi até o local na tarde da última segunda-feira, 7. Segundo o engenheiro civil responsável pela obra e representante da Construtora Pacaembu, Adilson Guimarães Trabalon, as obras estariam dentro do prazo estipulado com a Caixa Econômica Federal. “O contrato firmado com a Caixa está sendo cumprido. Não vamos estipular prazo para entrega das obras para não gerar expectativas. Faltam apenas alguns detalhes como acabamentos, limpeza e alguns testes”, destacou. Após a conclusão, fiscais da Prefeitura realizarão uma vistoria no local para saber se a construtora cumpriu todos os requisitos que constam no contrato.
Em uma página de relacionamentos, a Pacaembu informa que a responsabilidade da data de entrega das chaves é da Prefeitura com a Caixa. “Informamos que as casas do Residencial Mário Emílio Bannwart são enquadradas na Faixa I do Programa Minha Casa Minha Vida, e data de entrega será definida pela Prefeitura Municipal de Avaré em conjunto com a Caixa”, informou.
PREFEITURA – A Comarca também esteve na Secretaria de Habitação de Avaré. Segundo Paulo Cavini, as chaves somente serão entregues após a assinatura dos 653 contratos. “Cerca de 100 pessoas apresentaram incompatibilidade com os dados apresentados para a Caixa, os suplentes estão sendo convocados e isso leva mais um tempo”, disse.
Cavini destacou ainda que a entrega dos imóveis não pode ser feita de maneira parcial. “Trata-se de um empreendimento fechado. A entrega somente poderá ocorrer quando todos estiverem com a documentação em ordem”, esclarece.
Paulo Cavini revelou ainda que muitas famílias que teriam apresentado problemas estariam procurando a Prefeitura e a Caixa com o intuito de entrar com recurso para tentar reverter o quadro. Muitos desses recursos já foram enviados, mas até o momento não obtiveram respostas.
O servidor disse ainda que a Prefeitura, juntamente com a Caixa, realizará um sorteio eletrônico para definir onde cada família irá residir no residencial.
Das 653 moradias, 153 foram reservadas a famílias que moram em áreas consideradas de risco como a Biquinha e residentes em casas construídas às margens da ferrovia que passa ao lado da Rodovia Salim Curiati (SP-245), entre outras. A medida estaria de acordo com leis federais que garantem moradia a famílias que vivem em espaços considerados inadequados, como em áreas invadidas e sem a devida infraestrutura e saneamento básico.
FALTA DE PESSOAL – Durante a visita à Secretaria de Habitação, a Comarca verificou que somente dois servidores são responsáveis por verificar a documentação de todas as famílias do residencial. Somente um computador antigo é destinado para o fim.
Segundo informações, a Secretaria deveria contar com pelo menos oito funcionários, para assim, agilizar a regularização de todos os mutuários. Questionado sobre o fato, Paulo Cavini preferiu não emitir comentários.