Ernesto afirma que jamais apoiaria Ziroldo em eventual corrida à Prefeitura

Da Redação 

O petista Ernesto Albuquerque afirmou em seu pronunciamento na sessão legislativa de segunda-feira, 11, que o vereador Denilson Ziroldo jamais teria o seu apoio pessoal numa eventual corrida à Prefeitura de Avaré.

A afirmação foi uma resposta à fala de Ziroldo que em seu pronunciamento havia criticado a reposição de 8,41% concedida pela Prefeitura ao funcionalismo municipal.

“O senhor está tentando viabilizar sua candidatura (à Prefeitura). Eu já disse ao senhor: jamais o senhor terá o meu apoio pessoal para essa empreitada da maneira com o senhor faz política. Isso eu digo de público, não estou falando em nome do meu partido, falo em meu nome”, enfatizou o petista.

De acordo com Ernesto Albuquerque, a porcentagem apresentada pelo prefeito Poio Noves foi a possível dentro da atual conjuntura econômica do País.

DINHEIRO VIVO – O vereador lembrou ainda que Ziroldo apoiou a gestão do ex-prefeito Joselyr Silvestre, que não teria concedido aumento aos servidores durante seus dois mandatos.

“Hoje o funcionário que ganha R$ 1,2 mil, por exemplo, poderia estar ganhando R$ 1,8 mil, R$ 2 mil se a inflação tivesse sido corrigida naqueles 8 anos”, avaliou. “Governo que o senhor, inclusive, fazia pagamento das empresas terceirizadas do Pronto Socorro. O senhor se lembra bem. O senhor botava o dinheirinho debaixo do braço, o senhor mesmo me falou isso, e pagava em dinheiro vivo os médicos. As coisas acontecem e têm que ser ditas”, alegou o petista.

Em resposta, Denilson Ziroldo negou que tenha feito parte do governo Joselyr. “Não fazia parte da administração. Apenas fiz parte dos pagamentos – e o senhor sabe disso, o senhor apenas não quis dizer – que fui o pagador destes médicos porque eles só aceitavam receber através de minha pessoa porque confiavam em mim e não confiavam naquele governo. Isto o senhor também sabe”, argumentou.

OUTRO LADO – Questionado pela Comarca, Denilson Ziroldo reiterou que serviu apenas como intermediário entre médicos e a empresa IBDPH, então responsável pelo Pronto Socorro (PS). “Eu havia saído da Provedoria da Santa Casa e conhecia praticamente todos os profissionais contratados. Por conta disso, meu nome foi aclamado de forma unânime entre eles, uma vez que os médicos não confiavam na empresa e no prefeito Joselyr (Silvestre)”, ressalta.

O vereador negou, no entanto, que fazia o pagamento em dinheiro vivo. “O pagamento era feito em cheque nominal. Ainda não havia a lei que obrigava o depósito em conta, que viria a ser aprovada só no governo de Rogélio Barcheti. O vereador Ernesto (Albuquerque), aliás, tem conhecimento dessa informação. Além disso, fiz essa intermediação por apenas quatro meses. Depois disso, a situação entre médicos e empresa se estabilizou”, diz.

Na avaliação de Ziroldo, a atuação como intermediário não depõe contra sua condição de homem público. “Nunca ganhei nada, nunca peguei dinheiro algum. Aliás, eu ganhei credibilidade junto aos profissionais. A situação me deixou inteirado sobre a situação do PS e me credenciou a atuar na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). O episódio, aliás, foi positivo para mim, uma vez que os profissionais confiaram na minha competência”, aponta Ziroldo.