AcontecendoErros e omissões comprometem o Guia de Turismo da Prefeitura

A Comarca15 de outubro de 20147 min

Erros e omissões comprometem o Guia de Turismo da Prefeitura

Publicações omite eventos importantes e localidades de importância para a cidade, além de identificar locais de forma errônea e mencionar empresas que foram fechadas ou que ainda não existem mais

Da Redação  

guia

A Prefeitura divulgou na última semana o Guia de Turismo, publicação que conta com 51 páginas e traz informações sobre o município. No entanto, algumas das informações, seja na parte histórica, quanto na lista de produtos e serviços, estão equivocadas ou até mesmo erradas.

Segundo o divulgado, o guia foi produzido com verbas oriundas do Departamento de Apoio e Desenvolvimento das Estâncias (Dade), o que, segundo o Lambertus Heijmeijer, presidente do Conselho Municipal de Turismo (Comtur), foi irregular, já que o gasto não foi aprovado pelo conselho. O assunto foi tema de reportagem exclusiva da Comarca.

A lista de equívocos é extensa, e mereceu até um infográfico (ver nesta página). Algumas são graves, como a supressão de eventos tradicionais de Avaré, que já vigoram como atrações turísticas, culturais ou há alguns anos, como o tradicional Bailão do Largo São João, a encenação da Paixão de Cristo, a Corrida de São Silvestre, e algumas procissões, como a da Ponte Alta, que anualmente atrai milhares de fieis. Todos esses eventos constam do calendário fixo de comemorações da cidade há vários anos.
A publicação também conta com um erro histórico em sua página 21, quando afirma que a produção cafeeira foi substituída em 1929 pela algodoeira. Na verdade uma não substituiu a outra, ambas coexistiram e foram a base da economia da cidade por vários anos; mas com a crise de 1929, o café foi decaindo e o algodão permaneceu.

Já na seção de serviços, o guia conta com diversos erros, como hotéis que ainda não foram construídos, estabelecimentos com endereços errados e empresas que já não existem mais ou sequer chegaram a funcionar.

CORREÇÃO – Outras falhas estão ainda em restaurantes e bares que deixaram de existir, além de erros de português. Em contato, a Secretaria de Turismo afirmou que, com relação aos endereços errados “é importante salientar que os comerciantes, muitas vezes, se esquecem de informar a Secretaria de Turismo de eventual troca de telefones, celulares ou endereço, o que também pode prejudicar o produto final do guia”. Oficialmente, a pasta garante que “tais erros devem ser corrigidos na próxima edição”.

Outra omissão curiosa refere-se à seção “colônia de férias”: a publicação não cita a Colônia de Férias dos Fecomerciários, um investimento milionário em um dos pontos mais nobres da Represa de Jurumirim. Segundo a Secretaria de Turismo a omissão é justificada pelo fato da Colônia ainda não estar recebendo hóspedes.

O argumento não se justifica, já que a Colônia foi oficialmente inaugurada, inclusive contando com a presença do próprio secretário Fernando Peixoto Alonso no evento. Nesse caso, o Guia poderia ter citado a Colônia dos Fecomerciários com um item “em implantação”. E, derrubando por terra a tese de Peixoto, curiosamente (e contraditoriamente) a mesma publicação cita um hotel que ainda está sendo construído, portanto, impossibilitado de receber hóspedes. No caso da Colônia, esta, pelo menos, já foi inaugurada.

A secretaria revelou ainda que foram gastos R$ 9.884,00 para impressão dos 15 mil exemplares do guia, que estão sendo distribuídos gratuitamente “em feiras em São Paulo, no PIT, na Secretaria Municipal de Turismo, bancas de jornais e pontos comerciais de grande frequência de visitantes”.

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