Considerado o número um da lista dos criminosos mais procurados de São Paulo e do país, Luciano Castro de Oliveira, o Zequinha, foi preso pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira, dia 17/09, na zona rural de Tejupá, durante a Operação Divisas Integradas II. A ação contou com o apoio da Polícia Militar.
Policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (DISE) de Avaré, da Delegacia de Piraju e de municípios vizinhos, realizaram busca no imóvel que era ocupado por ele, atrás de objetos ilícitos.
De acordo com o site do Ministério da Justiça, em 1992, Zequinha foi condenado por roubo ao Banco Comercial Industrial (BIC), em Campinas. Foi libertado em 1994, por indulto presidencial.
Também foi condenado, em outros processos judiciais, por porte ilegal de arma, uso de documento falso, roubo, formação de quadrilha, latrocínio, extorsão e sequestro.
Em 2005, foi preso novamente por formação de quadrilha e uso de nome falso. A quadrilha estava cavando um túnel em direção a um banco em São Paulo. Logo em seguida, obteve liberdade.
Em 2006, foi investigado pela tentativa de furto ao ABN Amro Banco em Assunción, no Paraguai, igualmente por meio de túnel.
É suspeito de coordenar o ataque ao carro-forte da empresa Protege na região de Itupeva (SP), em 2017.
Ainda segundo o site do Ministério da Justiça, Zequinha foi condenado a mais de 30 anos de prisão. Possui extensa ficha criminal e sua especialidade era planejar roubos de carros fortes, bancos e redes varejistas de eletroeletrônicos, com uso de explosivos e armas de grosso calibre.
COLETIVA DE IMPRENSA – Na tarde desta quinta-feira (17), uma coletiva de imprensa foi convocada pela Delegacia Seccional de Polícia Civil de Avaré, comandada pelos delegados Rubens César Garcia Jorge e Fabiano Ferreira da Silva, que contou com a presença do Tenente Coronel PM Valdimir, comandante do 53º BPM/I sediado em Avaré.
As autoridades deram detalhes da prisão de Zequinham que estaria residindo na propriedade rural de Tejupá há cerca de 5 anos. Ele chegou a vender limão a beira de estradas da região, como forma de disfarçar sua reputação criminosa, e também estava envolvido com uma comunidade evangélica de uma cidade da região.
No momento da sua prisão, Zequinha estava apenas na companhia da mulher, e não ofereceu nenhum tipo de resistência. Durante buscas pela casa e na propriedade, foram apreendidos aparelhos celulares e R$ 18 mil em dinheiro, quantia que estava escondida na armação tubular da mesa da cozinha e também em panelas da cozinha. O procurado não soube explicar a origem do dinheiro.
Além dos crimes pelos quais Zequinha possui condenações a quase 60 anos de prisão, ele também é investigado por eventuais participações em ataques a agências bancárias da região, como em Ourinhos e Botucatu.
Considerado de alta periculosidade, Zequinha foi recolhido provisoriamente na Penitenciária 1 de Avaré.