A passageira de um ônibus da empresa Princesa do Norte, que fazia a linha São Paulo Capital, interior do Estado, foi presa no final da tarde de quinta-feira, dia 20/2, na Rodovia Raposo Tavares, em Paranapanema, durante operação deflagrada pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e pelo Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil de Avaré. Ela levava na bagagem 995 papelotes de cocaína, com peso aproximado de 1,2 quilos.
Segundo o boletim de ocorrência, a DIG recebeu denúncia anônima de que a mulher, de apenas 23 anos, teria ido até São Paulo e que retornaria com uma grande quantidade de droga para levá-la a um ponto de tráfico em Itaí, para suprir a demanda de usuários durante os festejos de Carnaval.
O delator informou que o ônibus passaria pelo trevo de Paranapanema por volta das 17h30. Diante dessa informação, os investigadores se deslocaram até a base da Polícia Rodoviária da cidade, no Km 245 da Rodovia, e solicitaram apoio aos policiais para a abordagem do coletivo.
Ainda de acordo com o BO, o procedimento ocorreu às 17h40. Os policiais ingressaram no interior do veículo e como já dispunham da qualificação e fotografia da denunciada, não tiveram dificuldades para localizá-la. Solicitaram que a mulher os acompanhasse, e antes mesmo da realização de uma busca no coletivo a suspeita disse que já sabia do que se tratava e afirmou que a droga estava na mochila dela. No interior da bagagem foram localizadas as porções de cocaína, já preparadas para venda.
A investigada também adiantou que comprou a substância na cidade de Barueri, por R$ 5 mil. Disse ainda que não estava a serviço de ninguém, que o entorpecente era exclusivamente seu, afirmação que não convenceu os policiais responsáveis pela investigação. Contudo, a mulher se recusou a dizer quem seria o destinatário do produto ilegal.
Diante das evidências, foi dada voz de prisão à denunciada, que foi conduzida até o Plantão Policial Permanente de Avaré para a realização do flagrante. A ocorrência se estendeu até o final da noite e mobilizou diversos policiais civis.
O telefone celular da presa também foi apreendido. Nele foi possível identificar conteúdo que sugere a participação dela e de outras pessoas no comércio ilícito de substâncias entorpecentes na cidade de Itaí, fato que será melhor apurado com a continuidade das investigações.
Nessa sexta-feira, dia 21/2, estava prevista a audiência de custódia da suspeita no fórum de Avaré. Se permanecer presa, será reconduzida a uma das unidades femininas do sistema penitenciário. Em razão da ofensividade do delito, elevado à categoria de hediondo, o delegado plantonista representou ao juiz de Direito a conversão da prisão em flagrante para preventiva.