Governo estadual libera recursos para obras na Avenida Gilberto Filgueiras
Da Redação
Considerado um dos problemas recorrentes de Avaré, a cratera que se formou na Avenida Gilberto Filgueiras pode estar próxima de ser solucionado, já que o Governo do Estado liberou as verbas necessárias para viabilizar o início da obra de drenagem no local.
No valor de R$ 1 milhão, o convênio foi assinado com a Secretaria Estadual de Planejamento e Desenvolvimento Regional em maio deste ano. No dia 13 de junho foi liberada a primeira parcela do convênio, no montante de R$ 600.333,54. De acordo com a Prefeitura de Avaré, este valor já foi depositado.
Porém, mesmo com a liberação, o início das obras devem ter início apenas em 2015. Segundo explicações do secretário de Obras, Habitação e Serviços, Paulo Ciccone, o processo licitatório é demorado, e por isso as obras não começaram neste ano.
O secretário disse à reportagem que a licitação deve sair em novembro e que as obras devem iniciar apenas em janeiro devido ao longo processo de licitação, que envolve diversas etapas, que vão desde a captação de documentos até a validação da empresa contratada. “Vai acontecer em uma hora errada, por causa do período de chuvas, porém teremos que lidar com isso da melhor maneira possível, para garantir que a obra seja realizada da maneira correta”, destacou Ciccone.
Ainda segundo o secretário, para acabar definitivamente com a cratera, será preciso um investimento de R$ 2 milhões. Além da drenagem de águas pluviais, Ciccone frisou que o projeto prevê ainda o aterramento definitivo da erosão.
Para evitar que o problema volte a ocorrer, também será realizado o desvio das águas da chuva, através de canalização. “Serão construídos aproximadamente 1 quilômetro de galerias para levar as águas pluviais até o Rio Lajeado”, destacou o secretário.
Outro ponto previsto no projeto é a pavimentação da Rua Constantina Martins Rodrigues, que foi aberta na gestão do ex-prefeito cassado Joselyr Benedito Silvestre, sem qualquer infraestutura – que provocou o problema de erosão e que hoje demanda enormes recursos públicos para ser solucionado.
ORIGEM DO PROBLEMA – A cratera começou a se abrir em janeiro de 2010, após fortes chuvas que abateram o município e causaram destruição em diversos pontos da cidade.
Na época, foi inclusive decretado estado de emergência em Avaré, e na ocasião, de acordo com declarações do então prefeito Rogélio Barcheti, Avaré receberia R$ 100 milhões para solucionar os transtornos causados pelas chuvas incluindo o caso da “voçoroca” da avenida. Porém as verbas não chegaram e o problema continuou aumentando, tendo, por diversas vezes, engolido parte da Avenida Gilberto Filgueiras, dificultando o fluxo de veículos. Ao longo do tempo, o local passou a ser utilizado inclusive como depósito de lixo e entulho.
Avaliada diversas vezes nesse período por profissionais, a cratera chegou a medir mais de cinco metros de profundidade, além de algumas dezenas em comprimento e largura, chegando até às margens da Rodovia João Melão (SP-255).