Aguaceiro
Os anos passam e alguns sérios problemas estruturais continuam fora da pauta de políticas públicas em Avaré. Uma das questões mais prementes é a da completa ausência de projetos para escoamento de águas pluviais na zona urbana. Cada vez mais o avareense padece, a cada vez que uma chuva forte se precipita sobre a cidade.
Inegável Legado
Não dá pra jogar o problema inteiramente nas costas de Poio Novaes. Como já dito nesta coluna, o último prefeito a investir seriamente em obras contra enchentes foi Miguel Paulucci, que resolveu o problema no Largo do Mercado. Na época, houve quem o criticasse de forma irresponsável e leviana. Mas o tempo legitimou a obra corajosa – e fundamental para o urbanismo da cidade.
Indesejável Legado
E, pra quem não se lembra, Joselyr anunciou que faria piscinões, mas de forma improvisada e a um custo altíssimo, só desapropriou algumas áreas e demoliu casas, gerando terrenos baldios pela cidade. Isso sem falar em escola e antigo posto de puericultura demolidos, casa de sogra de vereador desapropriada a toque de caixa, e outras tantas heranças malditas.
Afundando
Sem investimento no setor, cenas de inundação e enchentes têm se espalhado por toda a cidade – e alcançado até as chamadas “partes altas” do município. A delicada situação da Saúde certamente é item prioritário em qualquer discussão. Mas a questão das enchentes é algo que vai dominar a pauta dos próximos governantes. E será item crucial quando forem abertos debates sobre o futuro de Avaré.
Complicado
Na outra ponta do debate está o que vários cidadãos estão chamando de “pouco caso” da Sabesp com Avaré. Urge que o prefeito tome uma medida mais drástica contra a autarquia, que vem abrindo buracos por toda a cidade e causando transtornos injustificados à população. Poio precisa mostrar mais autoridade na questão. Não faria nada mal se ele lavrasse umas duas dúzias de multas contra a empresa. Só pra começar.
Queijo Suíço
Falando em buracos, a má qualidade do leito carroçável da cidade é outro reflexo da falta de investimentos no setor. Se a situação se mantiver, daqui a 10 anos ou menos, somente carroças terão condições de trafegar pelas ruas da cidade. Nesse ponto, “carroçável” se aplicará perfeitamente à situação. Uma hora a fatura será cobrada por causa de duas décadas sem manutenção. E quem pagará, como sempre, é o cidadão.