Infestação de caramujos africanos continua preocupando avareenses
Da Redação
Já não é de hoje que uma praga vem tirando a tranquilidade de moradores de diversos bairros da cidade. São os caramujos africanos, que infestam praticamente toda cidade – e que já motivaram várias matérias da Comarca. Quem vive na Vila Jardim, Vera Cruz, Brabância, Di Fiori, Paraíso, Bonsucesso, Jardim Europa II, Vila Nova, Jussara Maria, São Judas, imediações da antiga Fepasa, reclamam do aumento do molusco.
Moradores ainda destacam que os animais são encontrados com frequência subindo em muros, e até invadindo casas. Segundo relatos, os pontos com maior incidência ficam próximos a terrenos baldios, córregos e lagos.
Nas proximidades do Lago Bertha Bannwart, na Brabância, munícipes afirmam que o problema tem aumentado nos últimos anos. A situação a mesma nas proximidades do córrego que passa próximo ao Pronto Socorro Municipal.
Já na Vila Jardim, a população reclama do aumento dos caracóis na região em que fica a escola municipal Suleide Amaral Bueno. Também há relatos de moluscos nas ruas Sergipe, Voluntários de Avaré, Amaral Pacheco, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Avenida Pinheiro Machado, entre outras.
O aumento no número de caramujos, de acordo com especialistas, está relacionado com as chuvas. Além disso, as más condições de terrenos e áreas verdes também podem contribuir para a proliferação da praga.
Com cerca de 10 centímetros, e podendo chegar a pesar mais de 100 gramas, os caramujos africanos possuem corpo cinza-escuro e conchas pontiagudas e rajadas, de coloração variável, de castanho até levemente arroxeado.
PERIGOS – Além de causar repulsa na maioria das pessoas, este não é principal problema trazido pelos caramujos. Os animais são vetores do verme Angiostrongylus cantonensis, que pode causar meningite.
Além disso, eles também carregam outros parasitas, que podem causar desde pequenos transtornos intestinais, até graves infecções, inclusive perfuração intestinal.
Para evitar contágio, é preciso coletar e destruir os moluscos. Para isso é recomendado utilizar luvas ou sacolas enroladas nas mãos. Depois de realizar a coleta, é preciso jogar sal, água sanitária ou cal sobre os caracóis. Também é preciso tomar cuidado para não colocar animais vivos no lixo comum, pois eles conseguem roer as sacolas e, assim, podem se proliferar os lixões e aterros sanitários.
Também é preciso tomar cuidado para não confundir os caramujos africanos com a espécie nativa, o caramujo Jatutá, que possui concha pouco alongada, coloração clara e não oferece riscos à população.