Laudo aponta causa da morte de empresário em acidente com jet-ski
Da Redação
Um laudo da Marinha do Brasil (Capitania Fluvial Tietê – Paraná) ao qual a Comarca teve acesso, aponta que o acidente que tirou a vida do empresário Fernando César de Almeida Melo foi causado por imprudência.
A vítima pilotava uma moto aquática em agosto do ano passado quando foi atingida por outro equipamento pilotado por seu sogro, A.B.G.
O documento concluído em outubro de 2015 constata que os danos materiais e físicos sugerem que A.B.G. não teria cumprido regras de segurança de navegação, o que resultou na colisão entre as duas motos aquáticas, “expondo a risco não só a própria vida, como a terceiros, provocando grave acidente, que resultou no óbito do senhor Fernando”.
MANOBRAS – O laudo aponta ainda que no momento do acidente, que ocorreu na tarde de 23 de agosto, não havia vento, correnteza, marolas ou chuva.
Além disso, o documento aponta como fator contribuinte para o acidente o fator operacional, o que teria sido comprovado através do depoimento de A.B.G., que admitiu que tanto ele quanto o genro estavam fazendo “manobras com fins recreativos” quando A. perdeu o controle de seu veículo e atingiu a moto aquática de Fernando.
Além de destacar que A.B.G foi imprudente “ao pilotar em alta velocidade”, o sogro não teria cumprido as regras para evitar o abalroamento (colisão).
VÍTIMA – O empresário Fernando César de Almeida Melo tinha 44 anos e era proprietário das lojas Monalisa Calçados, Focker Calçados e Alternativa Confecções. Ele era casado e deixou três filhos. Um inquérito policial que apura as causas do o acidente foi instaurado pelo 2º DP de Avaré.
Segundo a Polícia Civil de Avaré, o delegado Levon Torossian Júnior indiciou A.B.G. por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar), cuja pena é a detenção de 1 a 3 anos.
De acordo com a polícia, o laudo produzido pela Marinha do Brasil “corroborou para a decisão da Autoridade Policial”. O inquérito policial foi encaminhado ao Fórum local no dia 9 de outubro de 2015.