Metade da frota de ambulâncias continua quebrada
Sete veículos encontram-se em manutenção; restam apenas 3 para transferência de pacientes para outras cidades e 1 para transporte dentro do município
Da Redação
Das 14 ambulâncias que fazem atendimento de suporte básico em Avaré, 7 estão inoperantes. Devido a isso, o setor está prejudicado e funcionando de forma limitada. Segundo informações obtidas pela Comarca, alguns veículos chegam a percorrer 500 quilômetros por dia e a Prefeitura não tem uma manutenção preventiva.
Informações dão conta ainda de que apenas três ambulâncias estão sendo utilizadas para transferência de pacientes para outras cidades e apenas uma é usada para transporte dentro do município. O veículo, aliás, estaria com problema na quarta marcha. Os outros atendem ao Pronto Socorro Municipal.
O fato tem gerado reclamações. A queixa mais grave de usuários diz respeito à falta dos veículos para transferência de pacientes para hospitais da região. Somente para o Hospital da Unesp, situado no Distrito de Rubião Júnior, em Botucatu, são, em média, 6 viagens diárias e apenas 3 ambulâncias estão disponíveis para esse fim.
Segundo informações obtidas pela Comarca, motoristas estariam tendo que se revezar para cumprir a demanda em função do volume de viagens. Por conta disso, os veículos não estariam suportando o desgaste, vindo a quebrar com mais facilidade.
De acordo com o levantado, quase toda semana uma ambulância apresenta algum tipo de problema. As ambulâncias quebradas estão na Garagem Municipal à espera de aquisição de peças. Veículos que foram adquiridos recentemente já têm cerca de 400 mil quilômetros rodados.
BUROCRACIA – Em agosto, a Comarca mostrou que seis veículos estavam encostados à espera de manutenção. A burocracia para a compra de peças estaria deixando a maioria sem a devida manutenção. A atual frota não consegue atender a demanda crescente.
A frota da Saúde ainda conta com apenas um ônibus que leva pacientes para o Hospital da Unesp. Caso o veículo quebre, há risco de que os pacientes fiquem sem transporte. Diariamente, cerca de 84 pessoas são transportadas para Botucatu em duas viagens.
A Saúde também conta com um microônibus, que três vezes por semana leva pacientes para o Hospital Amaral Carvalho, em Jaú, e para o Centrinho, em Bauru. O veículo já apresenta desgaste e – segundo relatos – a qualquer momento pode parar por problemas mecânicos.
Outro problema detectado pela reportagem é que as ambulâncias adquiridas na atual administração da marca Peugeot e Renault não teriam durabilidade, uma vez que apresentam problemas principalmente no motor e na suspensão. As peças das marcas citadas também são mais caras, o que acaba gerando atrasos na compra e na entrega.
Quando um veículo quebra, os trâmites burocráticos demoram por volta de 60 dias até que a peça seja comprada. No momento que é detectado o defeito, o mecânico identifica a peça defeituosa, faz uma requisição e a envia para o Departamento de Compras. Esse, por sua vez, faz um levantamento de três orçamentos e envia para ciência da secretária de Saúde Vanda Nassif. Ela assina o documento solicitando a compra e encaminha para o gabinete de Governo, que tem como secretário Zezé Cruz, para autorizar a compra.
Quando assinada, a requisição de compra é encaminhada para a Secretaria da Fazenda que vai determinar se há recurso e de qual setor sairá a verba para a aquisição da peça solicitada. Caso o valor exceda os R$ 8 mil, é aberto um processo licitatório.