Moradores questionam Sabesp sobre cheiro de esgoto na Avenida Gilberto Filgueiras
Da Redação
O forte odor de esgoto em um trecho da Avenida Gilberto Filgueiras levou o empresário Dirlei Oliveira a iniciar uma campanha na internet que exige esclarecimentos da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Desde o ano passado, esse problema tem sido relatado com frequência por moradores do bairro Alto da Boa Vista e arredores, principalmente no trecho em que a avenida cruza com a Rua Elizabeth Jesus de Freitas.
Em seu perfil nas redes sociais, Oliveira cobra providências da autarquia. “Quando a Sabesp vai tomar uma providência? O cheiro continua insuportável. Eu acho que é mais fácil virar as costas. Por favor, precisamos de ajuda”, afirmou o munícipe, que publicou o conteúdo três vezes entre sexta-feira, 29 de janeiro, e segunda-feira, 1º de fevereiro, e pediu que os amigos compartilhassem a reclamação. A postagem alcançou dezenas de visualizações em pouco tempo, além de inúmeros comentários criticando a Sabesp.
ROTINA – Moradores afirmam que o cheiro de esgoto se tornou rotina após a implantação de galerias pluviais em um trecho da Avenida Gilberto Filgueiras. O empreendimento foi iniciado em abril do ano passado, mas ainda não foi totalmente concluído. A avenida, uma das mais importantes de Avaré, permanece parcialmente interditada enquanto as obras não são finalizadas.
Desde então, a Comarca tem recebido diversos relatos. O odor, segundo os relatos, se intensifica em dias de calor ou após chuvas.
DANOS – Na avaliação de moradores, o problema tem relação com a intervenção promovida na via. Técnicos ouvidos pela reportagem avaliam que a obra possa ter causado danos à rede de esgoto. Outra possibilidade é a existência de uma espécie de ligação clandestina entre a tubulação pluvial e a de esgoto, ainda que a situação não tenha sido deliberadamente criada.
“Não se trata de criticar a obra. Mas é muita coincidência o odor ter se tornado diário após a colocação da tubulação”, avalia um morador que preferiu não se identificar.
Já para Dirlei Oliveira, o caso exige uma solução rápida. “Independentemente das responsabilidades, nós queremos uma resposta e a solução do caso”, sentencia o morador, que prometeu procurar ainda recorrer a rádios e televisão caso a situação não se resolva.
OUTRO LADO – Questionada pela Comarca, a Sabesp afirmou que o sistema opera normalmente, mas confirmou danos à rede causados pela obra.
“O sistema já havia sido vistoriado em janeiro, quando a companhia substituiu vários trechos de redes de esgotos danificados durante obras da Prefeitura para a construção de galerias de águas pluviais no local”, diz.
O comunicado diz ainda que funcionários da autarquia “conversaram com vários moradores, que afirmaram não sentir mais o mau cheiro”. Ainda segundo nota, a Sabesp vai continuar monitorando o local.
EM TEMPO – Na quinta-feira, 4, a reportagem da Comarca esteve no local e constatou o forte odor de esgoto. A Sabesp não informou quais moradores teriam dito aos funcionário da Sabesp que não mais sentiam o mau cheiro.