Novo prédio da Câmara apresenta problemas estruturais
Futura sede do Legislativo já apresenta vários problemas: passarela que dá acesso ao plenário está cedendo e diversas rachaduras já aparecem; prédio ainda apresenta problemas no piso do plenário e goteiras
Da Redação
Nem mesmo foi ocupada e a nova sede da Câmara Municipal de Avaré já apresenta diversos problemas estruturais. A Comarca esteve no local na última quarta-feira, 11, e verificou sérios problemas que estariam ocorrendo no prédio.
Uma passarela, que está localizada ao lado esquerdo do prédio e que dá acesso ao plenário, está cedendo e diversas rachaduras já aparecem. Uma das rachaduras está com cerca de 5 centímetros de largura. Os azulejos estão estufados e alguns chegaram a sair do lugar.
Em toda a passarela é possível verificar uma rachadura que mede, de ponta a ponta, cerca de 30 metros. O problema estaria sendo causado por problemas na obra do muro de arrimo, de responsabilidade da empreiteira de obras Vale do Rio Pardo Ltda. e que custou mais de R$ 400 mil.
Segundo informações da direção do legislativo, Cristiano Augusto Ferreira, a empresa foi notificada no último dia 9 para que resolva o problema. “Quando a empresa assinou o contrato, ela nos deu cinco anos de garantia pela obra. Como o muro de arrimo já apresentou problemas, nós notificamos a empresa para que resolva a situação”, destacou.
Caso isso não ocorra, a empreiteira deverá ser multada e ser declarada inidônea. Se isso acontecer, a empresa fica proibida de contratar com o poder público. A Comarca verificou ainda que por quase todo o prédio é possível verificar rachaduras. O local ainda apresenta problemas no piso e também goteiras e infiltrações.
A empresa responsável tanto pela cobertura quanto pelo piso do plenário também já foi advertida e multada pela Câmara. Segundo Cristiano, a empresa Euro Construtora Ltda. EPP tem um prazo de 10 dias para realizar os reparos necessários. Somente com a cobertura em estrutura metálica, foram gastos mais de R$ 170 mil. A empresa também foi a responsável no fornecimento e instalação do forro de madeira que foi instalado no plenário, que custou aos cofres públicos, quase R$ 136 mil.
A Euro Construtora, aliás, também foi a responsável pelo fornecimento e instalação de vidro temperado e laminado (R$ 250 mil) e pela pintura da nova sede (R$ 193 mil).
NA SESSÃO – Durante a sessão da Câmara Municipal, que ocorreu na segunda-feira, 9, a vereadora Rosângela Paulucci, ao citar a mudança do Poder Judiciário para o novo prédio, que fica localizado no Alto da Colina Verde, ela também destacou a necessidade dos vereadores ocuparem o novo prédio do Legislativo. “Nós também deveríamos ocupar nossa nova sede e não deixar o prédio como está”.
A declaração da peemedebista acabou levando Denilson Ziroldo a falar sobre o assunto. Ele acabou confirmando que o prédio vem passando por problemas estruturais e que não descarta a possibilidade de acionar as empresas na Justiça. “Todos esses problema estão sendo acionados na Justiça para que a Câmara não tenha prejuízo nenhum. Infelizmente temos que administrar pensando no que fazer, na economia e nos problemas que ela (a nova sede) está apresentando. Infelizmente foi mal planejado e quem está pagando é essa atual legislatura”, disse o presidente da Câmara.
Ele acabou “cutucando” a vereadora Bruna Silvestre ao dizer que o prédio teria sido inaugurado em vários problemas estruturais. “A Câmara Municipal foi inaugurada com muitos problemas. Chove dentro, perdemos uma parte do piso, o muro de arrimo começou a cair, fora os investimentos que tivemos para ter um local adequado para se fazer as sessões”, disparou.
A nova sede demorou cerca de 6 anos para ser concluída, mas desde que foi inaugurado, em dezembro de 2014, o prédio vem apresentando problemas estruturais. Até o momento, a nova sede consumiu quase R$ 3,6 milhões. O prédio vem passando por adaptações e o valor final da obra pode passar dos R$ 5 milhões, conforme reportagens já veiculadas pela Comarca.
Atualmente o prédio vem sendo adaptado para receber os setores da Câmara, porém, a nova sede não teria espaço para receber toda a estrutura do Legislativo. Devido a isso, não está descartada a possibilidade da construção de um anexo que iria custar cerca de R$ 1 milhão.