Obra da UPA de Avaré está paralisada há mais de 30 dias
Empresa responsável pelo empreendimento estaria com dificuldades financeiras; empreiteira já foi notificada pela Prefeitura
Da Redação
As obras da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Avaré estão paralisadas há mais de 30 dias. Segundo informações obtidas pela Comarca, a empresa responsável pela obra estaria com dificuldades para concluir o empreendimento devido à falta de recursos financeiros.
Informações dão conta que a empreiteira Perfeita, sediada no município de Bernardino de Campos e que passou a ser denominada Engemax, concluiu a parte estrutural do prédio, porém teve que interromper os serviços por não ter dinheiro para a aquisição de material de construção e também para efetuar o pagamento dos salários dos pedreiros.
A empresa conseguiu executar cerca de 80% da obra. Isso teria sido possível devido à contrapartida do município, que foi sendo liberada conforme as medições eram realizadas.
RESCISÕES – A conclusão é a exigência do Governo Federal para que o restante da verba, cerca de R$ 650 mil, seja liberada. Segundo o Departamento de Convênios, a empresa já foi notificada várias vezes por conta da paralisação. O caso já teria sido encaminhado para o Departamento Jurídico do município.
Uma reunião entre representantes da empreiteira e da Prefeitura deverá ser realizada nos próximos dias para definir o futuro da obra. Informações dão conta que a Engemax teve diversos contratos rescindidos com outros municípios.
Caso a Prefeitura de Avaré não encontre uma solução e o contrato seja rescindido, as obras podem sofrer mais atrasos.
PARALISAÇÕES – Orçado inicialmente em quase R$ 3 milhões, a construção que deveria ser iniciada em novembro de 2013, começou quatro meses depois. A obra era para ser entregue em novembro de 2014, mas as dificuldades enfrentadas pela empresa fizeram com que o prazo não fosse cumprido. Os funcionários que prestavam serviços no local chegaram a paralisar os trabalhos sete vezes por atraso nos pagamentos.
O novo prédio da UPA vai substituir o Pronto Socorro Municipal (PS). A unidade terá mais equipamentos e capacidade para atender um número maior de pacientes. Enquanto isso não acontece, os moradores enfrentam a superlotação no PS.
PROBLEMAS – Diversas licitações estão em andamento para a aquisição de novos equipamentos que serão instalados na UPA, porém, até que a empreiteira entregue a obra, a Prefeitura não pode realizar nenhum serviço no local.
A Comarca esteve na UPA na tarde de quarta-feira, 3 de agosto, e constatou que a construção está abandonada, já que nenhum funcionário prestava serviço no local no momento da visita. Um banheiro localizado em uma garagem para ambulâncias está sendo utilizado por moradores de rua como dormitório. Roupas estão jogadas no chão e o local apresente forte odor de esgoto.
OUTRO LADO – Em resposta, o prefeito Poio Novaes negou que a obra esteja paralisada, mas informou que uma reunião será realizada com a empreiteira na segunda-feira, 8.
“Na segunda-feira o responsável pela empresa trará um novo cronograma de execução final. Faltam poucas coisas e a obra deverá ser entregue até outubro, quando será inaugurada. A obra está 95% concluída, faltando alguns detalhes e acabamento”.