Polêmico, o padre Edison Geraldo Bovo, de 66 anos, atacou o presidente Lula, ainda durante a campanha eleitoral no ano passado, o que o faz responder a processo por calúnia e difamação, por divulgar vídeos de suas pregações com críticas ácidas aos políticos e divulgá-los na internet. Na semana passada, ele também atacou o ministro do STF, Alexandre de Moraes, criticando-o duramente.
Devido à repercussão das falas do padre, por meio de comunicado, no último dia 19 o arcebispo de Botucatu, dom Maurício Grotto de Camargo, após conversar com Bovo, decidiu afastá-lo das atividades paroquiais para que o mesmo pudesse se retirar “por tempo indeterminado, para cuidar de sua saúde integral e da revitalização do seu ministério presbiteral”, justificou.
Contudo, para surpresa dos católicos avareenses, dom Maurício mudou de ideia e acaba de nomear o padre Bovo como vigário paroquial do Santuário de Nossa Senhora das Dores, de Avaré. A reportagem de A Comarca tentou ouvir o arcebispo, mas na Cúria de Botucatu a informação é de que uma nota foi distribuída pelo chanceler, cônego Joinville Arruda.
A nota, sem esclarecer o motivo da nomeação do sacerdote para Avaré, apenas diz que ele é “reconhecido pelas suas realizações administrativas e pastorais, e de grande sensibilidade social para com os menos favorecidos e fragilizados no corpo e na alma”.
Sorocabano de nascimento, Edison Geraldo Bovo foi ordenado padre em 8 de setembro de 1991. Ainda diácono, ele trabalhou no Santuário de Nossa Senhora das Dores, por alguns meses, auxiliando o padre Almir dos Santos Pereira. Depois, trabalhou em paróquias de Botucatu e de Laranjal Paulista, onde nos últimos anos tornou-se um crítico ferrenho da classe política e não esconde ser simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro.