Persiste o mistério do sumiço de quadros do Centro Administrativo
Da Redação
Desde agosto de 2015 um mistério vem se perpetuando pelos corredores do Centro Administrativo: quem teria o sido responsável pelo sumiço de uma dezena de quadros das paredes do prédio onde funcionam secretarias e autarquias do Poder Executivo Municipal? O caso foi um dos assuntos mais comentados do ano passado, mas chega até 2016 ainda sem solução.
O caso está sendo investigado pela Polícia Cicil, que apura se há mais de uma pessoa envolvida no crime. A estimativa é que dez quadros tenham sido furtados do prédio. As obras de arte foram doadas por artistas avareenses, com o fim de divulgar seus trabalhos e enfeitar o local.
Entrevistada pela Comarca, a secretária municipal de Administração, Deira Visentim Vilem, disse que ao saber do caso, determinou um levantamento para descobrir quais obras teriam desaparecido. “Fui informada que alguns quadros teriam sumido e estranhei o fato. Fizemos um levantamento e detectamos o problema. Imediatamente, enviei um Comunicado Interno (CI) a todos os departamentos para tentar localizar esses quadros”, informou.
REFORMA – Ela revelou que um dos quadros estava guardado na Secretaria de Indústria, Comércio e Tecnologia devido à reforma que ocorreu no piso térreo do Centro Administrativo. Ainda segundo a secretária, servidores teriam colocado alguns quadros em diversos departamentos. “Essas obras de artes foram localizadas e recolocadas nos corredores”, disse.
Deira explica que o problema teria ocorrido porque no piso térreo foi realizado um serviço de pintura e que, devido a isso, alguns quadros que estavam lá, foram guardados. “Na época a gente detectou que alguns quadros sumiram, mas não somente no térreo, como em quase todos os corredores”.
Ela se diz indignada com o ocorrido: “Muita gente circula no Centro Administrativo, mas não podemos admitir que um quadro seja levado sem ninguém ver”.
BOLETIM DE OCORRÊNCIA – Na época, o desaparecimento foi denunciado à Polícia. “Queremos saber onde estão esses quadros que fazem parte do patrimônio do município. Por isso, fizemos um boletim de ocorrência para que o caso seja investigado pela Polícia. Isso (o sumiço) realmente não pode acontecer. Não estamos acusando ninguém, só queremos encontrar essas obras”.
Deira ainda revelou que sua ideia seria instalar câmeras de segurança no local, mas a iniciativa teria esbarrado na falta de verbas. A Comarca teve acesso ao boletim de ocorrência lavrado pela secretária. O suposto furto teria ocorrido no dia 13 de agosto de 2015, porém o fato foi registrado somente no dia 24 de setembro do mesmo ano. “Registramos o boletim de ocorrência somente após termos a certeza que as obras haviam sido furtadas”, alega.
ACERVO – São dezenas de obras de artes que foram doadas por artistas, entre eles: Fábio Carnieto, Areli Câmara, Mary Estela Paulin, Edu Cardoso, Zenilda Mattos, Rodrigues Lessa, Maria Eliza Martins, Delma, Claudete, Soraya, entre outros.
No documento, Deira revela que dos quadros furtados, 3 estavam expostos no piso térreo, sendo que outros 4 no primeiro andar e outro no segundo andar. Após a elaboração do boletim de ocorrência, foi dada a falta de mais 2 obras.
Durante o dia, um vigia fica no local. Já à noite são dois servidores. Os três alegaram não terem presenciado ninguém saindo do local com os quadros.