Policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão em imóveis às margens da represa de Jurumirim, em Avaré (SP), nesta sexta-feira (27), em uma operação contra sonegação fiscal e uso de empresas de fachada.
Em um dos locais, uma casa de luxo às margens da represa Jurumirim, uma lancha foi apreendida, além de documentos. A operação tem o mesmo nome da represa pelo fato de grande parte das empresas investigadas e dos principais envolvidos se situar na região da represa de Jurumirim.
Segundo a investigação, as empresas de fachadas são usadas para sonegar impostos e ocultar movimentações financeiras ilícitas, originadas principalmente do contrabando de cigarros. Foram identificadas sonegações de aproximadamente R$ 25 milhões.
Durante as investigações, mais de 4 milhões de maços foram apreendidos.
A Justiça também determinou o bloqueio de bens dos investigados, entre eles, uma fazenda e um hospital, adquiridos como produtos dos crimes de sonegação fiscal, adulteração de combustíveis e contrabando de cigarros.
Cerca de 80 agentes federais foram aos locais indicados para cumprir 19 mandados de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Federal em Avaré (SP). Os mandados são cumpridos em Bauru, Avaré, Itaí, Botucatu, Sorocaba, Araçoiaba da Serra e Guarulhos.
Os envolvidos podem ser responsabilizados pelos crimes de associação criminosa, sonegação fiscal, falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem, na modalidade ocultação. A identidade dos investigados não foi informada por conta do sigilo fiscal, informou a Receita Federal.
Modus operandi
Segundo a PF, diversos empresários e seus familiares, com o apoio de escritórios de advocacia e de contabilidade, se utilizavam de escrituras em nome de terceiros, os chamados “laranjas”, exclusivamente para cometimento das fraudes.
Os investigados, por intermédio desses “laranjas”, negociaram aeronaves, embarcações, veículos e caminhões destinados ao contrabando de cigarros, além de fazendas, imóveis residenciais e um hospital.
A ação tem apoio da Receita Federal e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Federal.
FONTE: G1 ITAPETININGA